Desde tempos em que nadava no “corgão” do Cedro e escalava pés de ingás, que eu gostava de ficção científica. O inusitado dessa declaração esdrúxula é mesmo para mostrar as facetas incongruentes do que isso representa para mim.
Enquanto subia nas árvores, imaginava-as naves espaciais e ao mergulhar nas águas do “corgão” imaginava-me no fundo do mar. Daí, meus contemporâneos podem imediatamente remeter-se às séries Jornada nas Estrelas (“Star Trek”) e Viagem ao Fundo do Mar (“Voyage to the Bottom of the Sea”).
A grande verdade é que ficção científica sempre me atraiu. Não apenas as duas séries citadas despertavam minha atenção, mas também outras séries e filmes, além das leituras que fiz de autores como Eric Arthur Blair, mais conhecido como George Orwell (autor do livro 1984); de Isaac Asimov (o mestre dos robôs) e de Arthur C. Clark (2001: Uma odisseia no espaço).
Filmes como a sequência de Star Wars e O Exterminador do Futuro também fizeram minha cabeça. Mas hoje quero falar especialmente de Jornada nas Estrelas. Com o lançamento do último filme em 2009, o interesse mundial pela série retornou. Para quem sempre foi “trekker”, como eu, esse interesse sempre existiu. Mas nos sentimos melhor ao ver que sempre estivemos indo audaciosamente aonde ninguém nunca foi em nosso interesse.

O filme Star Trek (2009) traz um enredo interessante, onde um romulano renegado chamado sugestivamente de Nero volta ao século 23 de forma acidental e tem a chance de destruir Vulcano (planeta do Spock) e de impedir que Romulus seja destruído no século 24. Some-se a isso o detalhe de que Nero deseja se vingar de Spock, a quem culpa por não ter impedido a destruição de seu mundo. Quando chega no ano 2233, Nero destrói a USS Kelvin e provoca a morte de George Kirk, pai de James T. Kirk. Isso causa uma alteração na linha do tempo e cria uma nova realidade. Porém, Spock também volta no tempo e tenta ajudar James Kirk. Assim, vê-se o surgimento da tripulação da Enterprise, e como eles se reúnem na primeira missão, que é deter o temível
O filme Jornada nas Estrelas até agora tem despertado um grande interesse da mídia e do público, mesmo com um concorrente contemporâneo de peso no mesmo gênero, que é um dos filmes mais lucrativos da história do cinema: Avatar.
Isso mostra a atração que Jornada nas Estrelas ainda possui. A Wikipedia relata que “Star Trek é uma indústria multibilionária, hoje de propriedade da CBS. Ao criar o universo ficcional, Gene Roddenberry pretendeu contar histórias sofisticadas usando situações futurísticas como analogias para problemas atuais na Terra. A linha de abertura da série original, ‘Audaciosamente indo onde nenhum homem jamais esteve’, foi inspirada, quase integralmente, de uma brochura da Casa Branca acerca do espaço, produzida após o lançamento do Sputnik, em 1957. O trio central da narrativa, Kirk, Spock e McCoy, foi moldado conforme padrões mitológicos. Roddenberry incluiu uma tripulação multi-étnica, aludindo à diversidade humana e a circunstâncias políticas da época.
Star Trek e seus sub-produtos mostraram-se altamente populares em reprises na televisão e aparecem hoje em canais de TV de todo o mundo. O impacto cultural das séries inclui convenções de fãs e uma subcultura própria.
Considera-se que as séries motivaram o design de muitas tecnologias atuais, como o Tablet PC, o PDA, o telefone celular (lembra o Startac, da Motorola? é baseado no comunicador dos tripulantes da Enterprise) e o exame de ressonância magnética.” (Fonte: Wikipedia)
Deixo, para finalizar, nesse post, alguns versos:
“Audaciosamente”
Quisera ir para os confins do uni-verso
Audaciosamente
Para buscar o que me completa
Não sou poeta
Sou apenas uma alma repleta
De palavras inconstantes
Que não se contentam em permanecer
Simplesmente quietas dentro de mim
Quisera ir para os confins do uni-verso
O verso que me unirá
Audaciosamente
Ao meu avatar escondido na espaçonave
Enterprise
Entre mim e minha alma não há distância
Apenas ânsia
Quisera ir para os confins do uni-verso
Mas quero ficar aqui mesmo
Em mim mesmado
Atrelado às estrelas no céu
De minha boca que se abre às palavras atrevidas
Que não se deixam esquecidas
James Kirk e Spock são personagens de uma história
Que se confunde com a vida
Audaciosamente
Trazendo a lembrança
De uma criança
Que, nos seus sonhos,
Recusa-se a crescer...



4 comentários :
Bom texto e poema melhor ainda.
11 de fevereiro de 2010 às 08:46"Viagem ao Fundo do Mar", com o Almirante Nelson e a Seaview é um dos seriados prediletos de minha infância, juntamente com o "Flipper".
Ah, já fui chamado de Spock na infância... Só não sei o porquê...
Esses seriados eram muito bons! Mas Jornada nas Estrelas era imperdível. Quanto ao apelido de Spock que lhe deram, prezado Harley, realmente é difícil imaginar por que... Mas nosso editor-chefe lembra bem o James Theodorus Kirk...
11 de fevereiro de 2010 às 15:41Tive que me desdobrar em pesquisas para descobrir quem é a tal figura de características similares a minha pessoa. O tal James Theodorus Kirk é na verdade James Tiberius Kirk, e foi interpretado por William Shatner, não é isto? Quanto a aparência similar, a única coisa que percebi foi a meia careca.
11 de fevereiro de 2010 às 16:51Ih! Foi mal!... É esse mesmo, o galã de Jornada nas Estrelas... Foi brincadeira, viu, chefe?
12 de fevereiro de 2010 às 14:20P.S. - Pensando bem, Theodorus é mais bonitinho que Tiberius, né...
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