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Santos Reis

Malvinas X Falklands

quarta-feira, 3 de março de 2010

 

Segundo a Wikipedia, “As Ilhas Malvinas (cujo nome oficial em inglês é Falkland Islands) são territórios britânicos ultramarinos no Atlântico Sul, constituída por duas ilhas principais e um número elevado de ilhas menores, situadas ao largo da costa da Argentina, mais ou menos à latitude de Río Gallegos. Sua capital é a localidade de Stanley. Chamados de kelpers (em português malvinenses ou malvinos), osassim, o arquipélago foi ocupado em 1982 pela Argentina, que alega ter soberania sobre as ilhas, deflagrando o conflito conhecido como Guerra das Malvinas. Os argentinos alegam que os habitantes foram ali transplantados pelo governo britânico e não são um povo autóctone das ilhas, não podendo assim reclamar autodeterminação. (...)”habitantes das ilhas confirmaram repetidamente sua predileção pela cidadania britânica.


Trato desse assunto nesse post porque recentemente voltou a discussão acerca das Ilhas Malvinas/Falkland Islands: pertencem à Inglaterra ou à Argentina?

Uma empresa britânica começou nesta semana a perfurar um campo de prova em busca de petróleo na região. Isso vem botar lenha na fogueira da disputa diplomática entre Argentina e Grã-Bretanha. Só que essa disputa nem sempre foi diplomática. Há quase 28 anos houve uma guerra entre os dois países que deixou um saldo de quase mil mortos, com vitória dos ingleses.

A derrota argentina serviu também para decretar a decadência final da ditadura militar naquele país, o que talvez foi o único saldo positivo. Na atual disputa, fica difícil dizer, mais uma vez, quem está certo ou quem está errado.

 

Nenhuma guerra se realiza por interesses legítimos do povo. Toda guerra se resume a uma disputa inócua de poder que sempre deixa no prejuízo o povo. Mais uma vez isso deve acontecer, mesmo que a guerra atual esteja restrita apenas à disputa diplomática.

Em tempos de terremotos e tsunamis no Chile, voltar a esse assunto parece meio sem pé nem cabeça. Mas a primeira Guerra das Malvinas deixou muita dor espalhada, sobretudo no orgulho argentino. A única lembrança que pode trazer alguma satisfação aos "hermanos" foi o fato de terem conseguido danificar alguns navios da marinha britânica. Pilotos argentinos afirmaram ter acertado com o famoso míssil Exocet (lembra do Fausto Fawcett e sua loiraça belzebu Katia Flavia Regininha Poltergeist?) até mesmo o porta-aviões britânico HMS Invincible, embora isso foi negado pelos ingleses. A 4 de maio de 1982, por conta do afundamento do navio de guerra britânico HMS Sheffield por parte da frota argentina utilizando um míssil Exocet procedente de um país-membro do TIAR, o Reino Unido pediu à França, desta vez urgentemente, os códigos de desvio destes mísseis vendidos a todos os membros do acordo de defesa interamericano. O HMS Sheffield, contratorpedeiro de potência incomparável, armado com mísseis Sea Dart, canhões de 20 e 114mm, havia sido lançado apenas seis anos antes e representava o que havia de mais adiantado tecnologicamente para os britânicos.

Não vou dizer que torci pelos "hermanos", mas os ingleses sofreram uma pressão e viram que a coisa era séria. Então, atacaram com toda a força militar que tinham e a guerra culminou com a derrota argentina. O Chile dos terremotos e tsunamis de hoje, naquele tempo governado pelo terrível ditador o general Augusto Pinochet, prestou apoio logístico ao Reino Unido. Isso ocorreu quando dois helicópteros de guerra britânicos voaram em direção à Argentina vindos do território chileno, mas se chocaram antes de cruzar a Cordilheira dos Andes, a fronteira dos dois países. Isso quase provocou uma guerra entre Chile e Argentina em 1978, por causa de uma disputa pelo Canal de Beagle.

 

A vitória fortaleceu o regime conservador britânico, mas, por outro lado, a derrota argentina detonou a rejeição popular da Junta Militar do general Galtieri , que foi forçado a abandonar o poder. Em julho de 1982, o general Reynaldo Bignone foi escolhido presidente com a missão de levar a Argentina à democracia e em 1983, eleito pelo povo, Raúl Alfonsín pôs fim a sete anos de regime militar. Mas isso não apagou da memória a imagem dos soldados argentinos que perderam suas vidas nessa guerra idiota.


 


Aqueles que normalmente leem meus posts vão estranhar não haver uns versos ao final desse post. Mas a verdade é que esse fato não merece versos e sim repúdia. 

 

The_EDN[2] The EDN, sou industriário, trabalho há 27 anos na Cedro (indústria têxtil centenária de Caetanópolis, MG) e atuo como professor há 24 anos em escolas particulares e públicas.

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6 comentários :

Zé da Fiel disse... Responder comentário

"Nenhuma guerra se realiza por interesses legítimos do povo."

Esse sem duvida é a afirmação correta, Quando foi conveniente aos EUA eles forneciam armas a Saddam Russein e aos insurgentes Talibãns no Afeganistão. "A guerra pra acabar com todas as guerras" foi travada de 1914 a 1918 e teve a maior cobertura de imprensa ate então, as noticias chegavam quase imediantamente, a cada quatro meses. Chocou a sociedade da epoca, que esperava realmente que o sec XX fosse o inicio da era do esclarecimento, hoje com a informção imediata de verdade, onde as pessoas se conectam a outro pais poucos minutos após um desastre...ainda termos de torcer pra boa-vontade daqueles que estão no poder é desalentador...torçamos para no sec XIV, quando a Enterprise decolar tenhamos aprendido a nos solidarizarmos com outros povos e a fazer acordos economicos ao invez de exterminar para explorar.

3 de março de 2010 às 08:52
Meira disse... Responder comentário

Infelizmente a ONU e organizações internacionais não tem força alguma sobre quem tem poder bélico, só sobre quem não tem, o que parece ser bem irônico em todas as situações.

A Inglaterra se meter em terras estrageiras e dominar nada mais é que uma colonização e exploração típica de uma época passada em que a ética do mais forte poderia impor qualquer coisa,sem qualquer respeito, humanidade ou senso de justiça a outros povos e territórios....

3 de março de 2010 às 10:56
José Márcio disse... Responder comentário

Prezado The EDN, me lembro bem, da época de minha infância, de ver minha irmã trajando uma camiseta com os dizeres "Malvinas para los Pinguinos", para você ver que muitos brasileiros tomaram partido em prol do nosso vizinho sul-americano. Realmente um dos maiores absurdos da história esse famigerado episódio da Guerra das Malvinas

3 de março de 2010 às 16:19
Anônimo disse... Responder comentário

Caro Zé da Fiel, espero que quando a Enterprise decolar, leve consigo um punhado de ditadores de araque e solte em pleno espaço... Brincadeirinha! Na verdade, nenhuma guerra verdadeiramente tem justificativa, quando há pessoas de boa vontade. Minha saudosa mãe, em sua sabedoria marcada pela humildade, sempre me dizia: "quando um não quer, dois não briga (sic)". A diplomacia sempre terá lugar...

Prezado Meira, os poderosos sempre estão juntos em suas posições, para assim se preservarem. G$, G20, GEralmente são grupos para sacanear os mais pobres e fazer valer as máximas capitalistas, que representam a pior forma de dominação possível: a econômica.

Amigo e chefe Zé Márcio, sou mais ou menos da idade da sua irmã, mas, vou ser sincero: não torci pelos argentinos (o único cara da Argentina de quem eu gostava mais ou menos era um tal de Ardiles, que, embora tenha sido um dos heróis do título argentino de 1978, roubado, diga-se de passagem, foi execrado pelos portenhos por jogar na época da guerra no Tottenham Hotspur, da Inglaterra — mas, com esse nome, Ardiles deveria ter escolhido o Osvaldo...). Mas não torci também pelos ingleses. Para quem sobrou para torcer? Só mesmo pelos pinguins, leões marinhos, baleias francas, orcas e outros bichinhos de lá...

Falando sério, a guerra é sempre dolorosa e a última foto do post diz tudo, com a imagem de cidadãos argentinos mortos. Muita dor...

4 de março de 2010 às 08:41
Anônimo disse... Responder comentário

The EDN,
Fiquei tranquila ao ler que o ministro das Relações Exteriores da Argentina, Jorge Taiana, afirmou que o país não irá recuperar a soberania sobre as Malvinas através de armas. Vamos torcer para que essa nova tensão seja resolvida realmente através do diálogo.
Quanto ao estranhamento à falta de versos no final do post, acho que você poderia fazer alguns versos de repúdio, por que não? Eu gostaria de ver!

4 de março de 2010 às 14:28
The EDN disse... Responder comentário

Professora Cida, agradeço o comentário e o incentivo. Faltava-me inspiração / para deixar meu repúdio em poesia. / Às vezes nossa desolação / diante de tanta hipocrisia / interrompe em nós a palavra. / Ficamos então mudos / e o verso que nos faltava / esconde-se por trás de escudos / firewalls que não podemos transpor / sem dor...

5 de março de 2010 às 15:57

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