Desde sua criação, no nem tão longínquo ano de 2006, por Jack Dorsey, muito se fala em regras de boas maneiras na utilização do twitter, o que vale e o que não vale na política de boa camaradagem no uso desta importante rede social.
Diversos blogueiros e outros autores já explanaram suas opiniões e visões sobre o universo do twitter e sobre o uso racional desta ferramenta, a partir daí, criaram-se normas e espalharam-se restrições. Ora, se o twitter é uma ferramenta universal de uso individual onde predomina o bom senso, qual o azo de se impor regras generalizadas?
Os tecnocratas de plantão não cansam de bradar os seus modelitos ditatoriais de boas maneiras, e você, estará sujeito a ser execrado em praça pública, caso não atenda aos anseios desses lordes.
Segundo Roberto Cassano, quando o Homem instala uma sociedade, um grupo, há três coisas que ele invariavelmente acaba fazendo:
1) Ergue uma Igreja;
2) Extermina os índios;
3) Cria regras.
Particularmente, sou totalmente contra tais regras, e pelo visto não sou único, haja vista o artigo do jornalista David Pogue, publicado no renomado New York Times, e reproduzido no site IG, senão vejamos:
Não se prenda à "regras": não existe um "jeito certo" de usar um dos serviços mais populares na internet. A única regra é "faça o que você achar melhor”.
O Twitter, em outras palavras, é exatamente o que você quer que ele seja. Pode ser uma ferramenta de negócios, um passa-tempo para adolescentes, um auxiliar em pesquisas, uma fonte de notícias - não importa. Não há regras, pelo menos nenhuma que possa ser aplicada da mesma forma a todos. [sic]
O twitter é uma rede social onde todos os usuários possuem livre arbítrio, você é que determina o que vai ou não seguir, portanto se quer impor suas regras, faça isso de forma individualizada, não tente imputar suas restrições de forma generalizada, pois pode ser que seu gosto não coadune com o dos demais usuários.
Acho engraçado que alguns usuários criam uma verdadeira celeuma sobre alguns procedimentos. Quando determinado seguidor tem uma conduta que o desagrada, esta é supervalorizada e colocado em evidência em detrimento a todas as outras ações positivas deste mesmo seguidor, ou seja, um erro é muito mais grave do que os inúmeros acertos.
O Twitter e as redes sociais em geral são só o começo. Não adianta murar o terreno agora, pois o terreno está se expandindo, crescendo e novas espécies surgindo. [Roberto Cassano]
Tenho minhas próprias restrições em relação a alguns procedimentos, mas não fico alardeando aos quatro cantos minhas preferências pessoais, procuro relevar os deslizes dos seguidores que tenho apreço e simplesmente paro de seguir aqueles que por ventura não me agradem.
Não concordo com muitas das opiniões expressas na minha timeline, nem por isso fico fazendo execuções sumárias e delatando os incautos, opinião é algo pessoal, todos tem o direito de emiti-la, você pode não concordar, mas se abstenha de censurar, senão, corre-se o risco de daqui a pouco estar condenando muitos seguidores à prática remota da inquisição.
Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las. [Voltaire]
Querem exemplos? Não gosto de generalizações em torno da religião, fé cada um tem a sua e julgar de forma indiscriminada é, no mínimo, inconveniente. E há sempre uns sabichões fazendo piadinhas toscas em torno do assunto. Se não se importam com a inconveniência em torno da espiritualidade, também não deveriam se sentir incomodados com as atitudes dos outros.
Outra coisa que me chateia são os chamados “Maria vai com as outras”, acham lindo tudo que os chamados “relevantes” fazem ou dizem, independentemente se concordam ou não, o negócio é endossar o coro dos puxa-sacos, pois isso pode lhes render um RT.
Cada um faz o que quer com o serviço visto que não há limites em relação a isso e dizer que os valores morais devem ser preservados chega a ser estranho num país em que a lei de Gérson sobrevive a cada dia com mais vitalidade. Fiz minhas escolhas, escolhi meus inimigos e deixei de me grilar com pequenas provocações. E quer saber de uma coisa, acho que estou realmente feliz assim. [Rogério Bauru]
Já saturou esse levante despropositado desses déspotas sobre procedimentos no twitter, querem a todo custo nos impor seus gostos pessoais como se fossem normas imutáveis e obrigatórias, NÃO VOU SEGUIR REGRA ALGUMA A NÃO SER MINHAS PRÓPRIAS CONVICÇÕES. #prontofalei
Não gostaram? Vão se queixar ao bispo, afinal, o porta de saída é a serventia da casa. [unfollow e block estão aí pra isso]
Sobre o Autor:Eu indico:
Tecnologia.ig.com.br: Twitter ao gosto do freguês
Webinsider: Twitter: perdemos tempo com regras e etiquetas?
![]() | José Márcio - Editor Chefe dos Invicioneiros, leitor voraz e aprendiz de escritor bloguicista.Tem opinião e assume os riscos Saudosista dos anos 80. E palpiteiro inveterado. Me Siga no Twitter [@jmpsousa]. |

22 comentários :
Endosso e assino embaixo!
25 de fevereiro de 2010 às 11:20Menino!!! Onde assino???
25 de fevereiro de 2010 às 11:31Que sintonia... Acabei de dar um grito de liberdade no Twitter, você leu? =)
E viva a liberdade! Sempre!!!
Hi, José Márcio...
25 de fevereiro de 2010 às 11:40Falou e disse, meu caro! Afinal a ÚNICA REGRA INFALÍVEL, acerca de qualquer coisa, é aquela que diz: "Toda regra tem exceção. Inclusive esta!"
E assim deverá caminhar a twitosfera. Ou não!
[]'s @inaciorolim
O Sr. está escrevendo cada dia melhor, não?
25 de fevereiro de 2010 às 11:51Minha política segue sendo a mesma: não gostei? Unfollow. Me pertubou? RT e block :D
Agir naturalmente e sem regras é necessário para criar um rede de seguidores reais, interativos e legais...
25 de fevereiro de 2010 às 11:57Regras só se o twitter for de empresa, creio nisto.
Jô Angel, você e o Bauru, melhor do que ninguém, sabem o motivo da minha indignação...
25 de fevereiro de 2010 às 12:39Mamanunes, é verdade, por isso disse no twitter que você estava antecipando o tema do meu próximo post. obrigado!
Inácio Rolim, você é um exemplo de pessoas legais que conheci no twitter, sua observação foi muito pertinente.
Juliana, finalmente nos deu a honra da sua presença, a nação invicioneira agradece. Obrigado pelo elogio e continue com sua política, acho a mais acertada em todos os casos.
Meira, falou tudo amigo, agir naturalmente, eis o x da questão, no caso das empresa realmente a coisa muda de figura.
Com o avançar da minha idade (completo 96 anos na semana que vem), sobrevivendo a base de viagra e a cada dia mais senil, eu já disse que não tenho paciência com emiessiênes, tuíteres, imêios, etc, etc, etc.
25 de fevereiro de 2010 às 13:04Mas com respeito às regras, concordo contigo. Onde há regras demais, não há imaginação, espontaneidade e alegria.
Quero chegar aos 100 como a Dercy!
Aliás, discordo do Arnaldo César Coelho: a regra não é clara. É vermelha!
E tenho dito!!!
Rapaz, sabe que concordo com cada palavra sua, pois já falamos sobre o assunto. Não tecerei comentários a mais aqui não, pois já tenho espalhado veneno demais por aí. Cada vez mais me sinto enojado com algumas coisas e sei onde isso vai dar.
25 de fevereiro de 2010 às 14:33Sobre o "discurso", foi muito bem fundamentado, apesar do deslize ao colocar uma citação minha no final.
No fim de tudo, acho que nem resistência nós somos mais... agora somos "solitários" nas redes sociais.
Harley Coqueiro, a caduquice realmente o impede de participar dessas redes sociais.
25 de fevereiro de 2010 às 15:16Bauru,continua modesdo como sempre, sua citação caiu como uma luva no post. Avante guerreiros solitários!
Gostei muito! Parabéns! Vc escreve muito bem, de forma muito clara!
25 de fevereiro de 2010 às 15:22É! é muito engraçado mesmo! Já vi várias pessoas que dizem ser "os tal" e adora empurrar garganta à baixo regras as quais eles criaram. Sempre quase todos os dias vemos pessoas que defende com unha e dentes o twitter, e na mesmo hora entram em contradições, vai entender não! Aqui mesmo nos comentários à pessoas que admiro à outras que observo com suas regras regras e etiquetas e no fundo no fundo faz nada...
25 de fevereiro de 2010 às 17:18Parabéns excelente o texto
É isso aí, meu irmão!
26 de fevereiro de 2010 às 08:20Power to the people right now!
26 de fevereiro de 2010 às 08:55Set our minds and words free!
Nesta quadrinha bilíngue banal
quero lhe dizer que é isso aí...
Ilana Prudente, obrigado pelo elogio.
26 de fevereiro de 2010 às 09:32Douglas Costa, às vezes não e o caso de contradição e sim de mudança de opinião, acho que isso pode acontecer. Mas você tem razão, em grande parte dos casos é contradição mesmo. Obrigado pelos elogios.
Anônimo, valeu!
Theednpoetopias, liberdade de expressão, eitá palavra linda, não é vero?
Não gostei das REGRAS para Postar um comentário!!!
26 de fevereiro de 2010 às 18:09# Os comentários deverão ter relação com o assunto;
# Por gentileza não utilize o internetês ou miguxês;
# Quer mostrar seu blog? Use a opção "Open ID";
# Comentários ofensivos ou pessoais serão sumariamente deletados;
# Sua participação é muito importante;
E agora?
Ok. Não há regras. Manda ae um tutorial de como se faz uma bomba caseira. Daquelas bem destrutivas.
26 de fevereiro de 2010 às 18:59Um cara que escreve que numa ferramenta tão popular como o Twitter não deve ter regras e "faça o que você achar melhor" é um palhaço. Infelizmente não são todos que são agraciados com uma coisinha chamada bom senso e por esse motivo muita coisa ruim circula pela net.
Quebrar regras muitas vezes é necessário, mas imaginem um mundo sem regras: Roubar e não ser punido, matar e não ser punido, trabalhar e não receber salário e nem direitos trabalhistas...
Por mais que queiramos, temos que viver rodeados de regras. O ser humano é um animal irracional e só nos tornamos civilizados por causa delas.
@anahuasca, você tem certeza que leu o post? O texto trata de assunto específico, ou seja Twitter, as regras de comentários são do blog, portanto você está confundindo as coisas.
26 de fevereiro de 2010 às 22:12Anônimo, pelo visto além de ter dificuldade em se nomear, você possui uma capacidade interpretativa péssima, estamos tratando de um assunto específico TWITTER, fórmula para fazer bombas não temos, mas você deve entender bem da matéria, haja vista seu pouco discernimento. Realmente você tem razão, regras são sempre necessárias quando nos relacionamos com pessoas irracionais, aliás, o único ser humano irracional que tive o desprazer de conhecer, foi você. O palhaço aqui é quem mesmo? Reiterando a frase do final do post: a porta de saída é a serventia da casa.
Que você escreve bem é fato, mas que as pessoas precisam concordar com você é boato. Respeitar sempre, mostra educação e não alienação as rápidas mudanças que vivemos. O certo de hoje será o inadequado de amanhã. Mas fica aqui uma modesta dica que me serviu e pode servir para você. Não perca tempo elaborando respostas para criticas. Talvez esse tempo perdido dedicado aos que só enxergam pedras nos jardins, seja melhor destinado aqueles que nós gostamos,nos indentificamos e merecem nosso respeito e atenção. grande abraço
1 de março de 2010 às 09:27Caro Robson Dutra, você como professor, sabe muito bem que uma das maiores conquistas pós ditadura foi a liberdade de expressão. Não vivi nessa época, mais sei perfeitamente que as pesssoas eram cerceadas pela censura e isso ocasionou um perna inestimável de informações relevantes para as pessoas. Mas ainda hoje, as pessoas confundem liberdade com libertinagem, no caso em tela, a discordância de ambos os comentários beira o ridículo, pois os autores extrapolaram o limite do bom senso, senão vejamos: o primeiro citou as regras de comentários do post, numa clara comparação ao assunto do post, o que data venia é absolutamente impertinente. Já o segundo foi ainda mais longe, colocando a situação como se eu tivesse falado que não precisamos mais respeitar as regras para nada. Não escrevemos como donos da verdade e nem queremos que as pessoas simplesmente batam continência para nossas opiniões, pelo contrário, ficamos muito felizes quando as pessoas nos presenteiam com opiniões divergentes e bem alicerçadas. Mas para discordar você precisa apresentar argumentos claros e condizentes com o tema discutido, e nesses casos, isso não aconteceu. Discordar pelo simples prazer de criticar e algo que não encontra respaldo em nenhuma circunstância. O que nos entristece não é a crítica, mas a falta de entendimento.
1 de março de 2010 às 10:10Perfeito, é isso mesmo que eu penso. Todos as grandes evoluções aconteceram porque alguém não concordou com algo. E trabalhou para que a mudança surgisse. Mas pelo pouco que te conheço, tenho certeza que você consegue muito bem diferenciar uma crítica construtiva de uma destrutiva, sem base, sem referências, sem estudo, sem lógica. Feita apenas para discordar de algo, pelo simples desprazer de saber que aquele que está discordando não pode produzir no mínimo, algo parecido.
1 de março de 2010 às 11:02Grande abraço, parabéns pelo blog e parabéns pelos artigos!
Concordo totalmente... Liberade de expressão sempre !
30 de março de 2011 às 20:00Postar um comentário
# Antes de comentar, leia o artigo;
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