No fim de abril, serão completados 30 anos da morte do genial cineasta inglês Alfred Hitchcock (13 de agosto de 1899 – 29 de abril de 1980).
Hitchcock começou como cenógrafo e assistente de direção em 1920 e se transformou em diretor quando o titular de uma produção ficou doente. A partir daí, não parou mais de dirigir e produzir filmes.
Mas como um jogador de futebol que precisa descobrir a sua posição ou um pássaro a procura da corrente de ar ideal para se manter em voo, Hitchcock se encontrou quando passou a dirigir thrillers de suspense.
O que parecia uma intriga internacional - Hitchcock jamais recebeu um Oscar de melhor diretor, resultou em algo bem mais glorioso: o título consagrador de “O Mestre do Suspense” e arrebanhou com isso uma legião fanática de admiradores e cultuadores, devido ao acervo de suas obras inesquecíveis e eternas.
Hitchcock conseguiu também várias façanhas na Sétima Arte: ter uma filmografia repleta de sucessos de crítica e de público e ser copiado e citado até hoje. Steven Spielberg, por exemplo, admite que a famosa trilha incidental de seu “Tubarão” (1975), foi inspirada na trilha incidental da cena clássica do banheiro de “Psicose” (1960). O lendário Mestre do Suspense conseguiu também que a TV Globo exibisse o filme “Festim Diabólico” (1948) sem intervalos comerciais e com direito à luxuosa apresentação de Fernanda Torres.
O seu estilo envolvia histórias com homens comuns em situações limites, loiras geladas e tramas intricadas e cheias de armadilhas.
Um voyeur da alma humana, Hitchcock espionava os nossos medos através de suas objetivas e padecia de uma psicose pelo perfeccionismo, além de possuir um soberbo domínio da técnica cinematográfica.
Talentoso e dono de um humor fino tipicamente britânico, está para os thrillers, o que os Beatles estão para a música: ousado, inovador e sutil, em obras que sempre terão mil interpretações.
Sir Alfred Joseph Hitchcock deixou como legado uma dezena de obras-primas: “Festim Diabólico” (1948), “Disque M para Matar” (1954), “Janela Indiscreta “(1954), “Ladrão de Casaca” (1955), “O Homem que Sabia Demais” (1956), “Um Corpo que Cai” (1958), “Intriga Internacional” (1959), “Psicose”(1960), “Os Pássaros”(1963) e “Marnie – Confissões de uma Ladra” (1964).
Eis a clássica cena do banheiro de “Psicose”:
[fotomontagem by Harley Coqueiro]
Sobre o Autor:![]() | Harley Coqueiro - um cara da paz, iluminista, torcedor do Galo, evangélico não fundamentalista, pai do Ulisses e do Dante. Já desenhou charges, escreveu poemas e compôs canções gospel. Tem como pecados, gostar em excesso de rock'n'roll, filmes e comida! |
4 comentários :
Hitchcock foi um mestre e eu posso falar que ele é um dos culpados por eu ter tido o terrível hábito de roer unhas que, somente agora, depois de entrar na era dos "enta", estou conseguindo superar. Como diz um literalmente grande (inclusive foi jogador de basquete) amigo, o Nilsão: F A N T Á S T I C O!...
29 de março de 2010 às 08:44Ah, o "Big Nilson"!
29 de março de 2010 às 09:57Mande uma abração pra ele!"
Estava sem sono um dia e comecei a ver "Festim Diabólico" no Corujão(globo), sem nenhuma pretensão; nunca imaginei que um filme em preto e branco gravado em um único plano pudesse me prender tanto... aí que eu descobri porque ele é considerado o mestre...
31 de março de 2010 às 00:00É isso mesmo, Daniel. "Festim Diabólico", da forma como foi realizado, tinha tudo para ser um tédio total, e não é!
31 de março de 2010 às 08:50Postar um comentário
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