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Santos Reis

Há Quarenta Anos

segunda-feira, 21 de junho de 2010

 

Since_1970

 

Há exatos quarenta anos  o Brasil sagrava-se tricampeão mundial de futebol e trazia a tão cobiçada Taça Jules Rimet.

 

E eu, há quarenta  anos, me orgulho de ter nascido no ano do Tri.

 

Aquela seleção foi realmente uma orquestra. Craques imortais como Gérson, Carlos Alberto, Rivelino, Jairzinho, Tostão e Pelé desfilaram um futebol mágico e competitivo, onde literalmente passearam em campo.

 

A Copa do Mundo de 1970 contou com outras grandes seleções além do Brasil, como a Inglaterra, a Alemanha e a Itália. Houve jogos épicos como Brasil 1x0 Inglaterra na primeira fase e Itália 4x3 Alemanha na semi-final. Porém, as temperaturas elevadas e altitude beneficiaram o jogo mais cadenciado praticado pelo Brasil, que ironicamente havia se classificado para a copa com muita desconfiança por parte da torcida e da imprensa.

 

Depois do fiasco de 1966, a seleção brasileira fez uma preparação muito bem planejada para a Copa do Mundo de 1970. Enquanto os europeus chegaram no México pouco antes da Copa do Mundo, os brasileiros foram bem antes para se prepararem e se aclimatarem.

 

A boa preparação do Brasil foi decisiva, com a seleção brasileira decidindo todos jogos no segundo tempo. Ao contrário da Copa do Mundo de 1966 quando o Brasil entrou no jogo corrido dos europeus, em 1970 os brasileiros cadenciaram bem mais. Isso tornou as partidas lentas, e alguns até as consideraram sonolentas, mas o efeito prático foi incontestável. Além de toda a boa preparação os brasileiros pegariam Itália na final que vinha de um jogo extenuante contra a Alemanha Ocidental, no qual venceram por 4x3 na prorrogação.

 

No dia 21 de junho de 1970, na grande final, o Brasil saiu na frente com um gol de cabeça de Pelé, mas deixou a Itália empatar ainda no primeiro tempo. Porém, mais uma vez os brasileiros decidiram a partida no segundo tempo, desta vez com 3 golaços de Gérson, Jairzinho e Carlos Alberto. Assim o Brasil conquistaria de forma brilhante a sua terceira Copa do Mundo e tomaria posse definitiva da taça Jules Rimet.

 

Curiosamente, na final da Copa de Mundo de 1970, o Brasil quebrou o tabu de que o time que abria o marcador era derrotado no final. Em 1950 o Brasil saiu na frente, mas foi derrotado por 2x1 pelos uruguaios. Em 1954, 1958, 1962 e 1966 as seleções da Hungria, Suécia, Tchecoslováquia e Alemanha começaram ganhando, mas todas acabaram derrotadas para Alemanha, Brasil, Brasil e Inglaterra, respectivamente. Em 1970, o Brasil marcou o primeiro gol e acabou campeão com vitória de 4x1, quebrando esse tabu.

 

E que em 2010, as glórias possam se repetir na África do Sul.

 

Sobre o Autor:
Harley Coqueiro

Harley Coqueiro - um cara da paz, iluminista, torcedor do Galo, evangélico não fundamentalista, pai do Ulisses e do Dante. Já desenhou charges, escreveu poemas e compôs canções gospel. Tem como pecados, gostar em excesso de rock'n'roll, filmes e comida!

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2 comentários :

The EDN disse... Responder comentário

A Copa de 70 é sempre um referencial importante em relação ao futebol brasileiro, por ser um paradigma de um grupo de craques consagrados como os melhores do futebol brasileiro de todos os tempos.
Mas não podemos esquecer que, mais do que em todas as outras Copas, o futebol foi usado pela ditadura militar brasileira como entorpecente ufanista para o povo, com a utopia de um país que, como campeão do mundo no futebol, não tinha nenhum outro problema a enfrentar. Mas lidávamos com AI-5, com a censura, com os graves problemas econômicos, com a restrição à liberdade, com as guerrilhas, com uma educação em decadência, com pouquíssimos investimentos na saúde pública e no saneamento básico. Como disse a invicioneira Ana Karenina: o governo nos dava “Panis et Circensis”. A expressão latina criada pelo poeta romano Juvenal (século I) é um termo irônico que registra o que alguns Césares romanos, inclusive o Júlio - de fornecer trigo e entradas para os famosos espetáculos realizados em estádios, como o Coliseu, para desviar a atenção do povo de Roma sobre a política. Juvenal não imaginava não só a expressão criada por ele, bem como a velha tática dos imperadores romanos continuariam sendo usadas até hoje.

22 de junho de 2010 às 07:45
Harley Coqueiro disse... Responder comentário

Superadas e sepultadas todas as teorias conspiracionistas daquele contexto, etc, etc, etc, NADA, SIMPLESMENTE NADA tira o brilho da terceira estrela do Brasil!

Ontem eu disse no programa E56 que de todos os títulos mundiais do Brasil, o que mais se destaca é a conquista da Copa de 1970.

Em tempo: eu também sou esquerdista como o José Reinaldo de Lima!

22 de junho de 2010 às 11:05

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