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Santos Reis

Receita especial

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Hoje me demorei um pouco a publicar o post porque, ainda que esteja de férias totais, muitos compromissos caseiros, como ajeitar um galinheiro,  fazer o sortimento mensal das despesas, entre outros, ocuparam-me o tempo até neste momento, 16h29min, em que começo a redigir esse post.

 

 

Mas algo tomou-me mais tempo hoje. Prometi à minha família cozinhar nestas férias e, até hoje, não tinha feito mais que o café da manhã. Comprei um filé de frango e vou prepará-lo, com todo o carinho.

 

 

Mas esse post não é para contar-lhes a receita especial que prepararei hoje. É para falar de algo além disso: da convivência familiar. Tenho comigo valores que, ao longo de minha vida, constituíram o que acredito ser essencial à qualquer família. E um deles é a dedicação. Dedico-me a meus familiares da melhor maneira que posso. Não posso prever o futuro, mas quero que meus filhos já rapazes tenham um bom modelo de pai, de profissional e, sobretudo, de homem para seguir. E que esse modelo seja eu e não outra pessoa.

 

 

Não quero ser o melhor pai do mundo. Quero apenas ser o pai que ama incondicionalmente seus filhos, que briga por eles e com eles quando necessário. Também não quero ser o melhor profissional do mundo. Quero apenas cumprir o meu papel com a máxima dedicação e competência que puder. Nessa mesma linha, não quero ser o melhor homem do mundo, apenas que, como homem, possa ser respeitado por aqueles que me cercam.

 

 

Quanto a minha esposa, quero ser para ela o companheiro, amigo e namorado. Não preciso detalhar o que isso significa para ela, pois é exatamente o que ela significa para mim.

 

 

Prepararei hoje um prato especial. Compartilho com os leitores desse blog um pouco da minha vida toda semana. Mas não compartilharei essa receita. Cada um deve ter a sua.

 

 

 

“Receita”

 

 

peço a esta manhã de julho

(tão bela!)

que não passe, fique perpétua

trazendo o cheiro suave da folha dos eucaliptos

que circundam meu bairro

a brisa suave de um tempo magnífico

que um dia desaparecerá

 

 

fecho os olhos e acredito

que não haverá outro momento para essa receita

preparo-a com o tempero especial do carinho

que marcará meu paladar sem poesia

antes que o lirismo me invada

 

 

não haverá outro momento para essa receita

nem haverá nenhuma poesia que seja perfeita

mas nas entrelinhas dessas palavras está escondida

sentimentos verdadeiros que marcam minha vida

 

 

frango

Sobre o Autor:
The EDN

The EDN - sou industriário, trabalho há 27 anos na Cedro (indústria têxtil centenária de Caetanópolis, MG) e atuo como professor há 24 anos em escolas particulares e públicas

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6 comentários :

Anônimo disse... Responder comentário

Belo post, mas com um porém: Você cometeu um erro no final do poema, pois onde se lê "mas nas entrelinhas dessas palavras está escondida / sentimentos verdadeiros que marcam minha vida" a concordância do predicado "está escondida" apresenta erro, pois se refere a "sentimentos verdadeiros".
Mas valeu, parceiro!...

21 de julho de 2010 às 17:43
Harley Coqueiro disse... Responder comentário

Primoroso!

Simples + genial.

Eu precisava parar para ler um "post" como este!!!

21 de julho de 2010 às 19:55
Anônimo disse... Responder comentário

The EDN,
"nem haverá nenhuma poesia que seja perfeita
mas nas entrelinhas dessas palavras está escondida"

Será que o anônimo acima está correto?
Eu entendi que é a poesia que está escondida nas entrelinhas, portanto, a concordância está perfeita.
Abraços,
Cida.

23 de julho de 2010 às 09:52
The EDN disse... Responder comentário

Anônimo, valeu pela leitura e pelo comentário, mas nos versos citados, o que "está escondida" é a poesia e não os "sentimentos verdadeiros" que representam apenas o termo mais importante de um verso síntese.
Coqueiro, o que compartilhei aqui tenho certeza de que é o que você, como profissional, marido e pai também o faz.
Júnior Gonçalves, obrigado pela visita ao blog e pelo comentário. É bom saborear essa receita. Visitei seus blogs e achei-os muito bacanas.

23 de julho de 2010 às 09:59
Professor Rogério Souza disse... Responder comentário

Como eu disse para o José lá no twitter, a língua nos trai às vezes. No caso da análise da linguagem é necessário ter uma visão ampla do texto. O tipo de erro cometido pelo "anônimo" é mais comum do que se pensa. Já vi jornais de grande circulação fazendo isso.

Quanto ao texto... confesso que me alimentei dele, mas seria bem melhor se viesse com cheiro e gosto...rs.

23 de julho de 2010 às 10:36
Anônimo disse... Responder comentário

Cara Professora Cida, sua percepção foi exata. A vida acabou enganando o prezado leitor anônimo.
Caríssimo Bauru, sempre é bom ler seus comentários no blog e o nosso chefe Zé Márcio estava certo quanto às traições da língua. O entendimento de um texto muitas vezes requer a visão atenta do leitor, especialmente onde predomina a subjetividade. Nos jornais, entretanto, onde a função referencial da linguagem normalmente predomina, a possibilidade da anfibologia ou ambiguidade deve sempre ser evitada.

23 de julho de 2010 às 14:50

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