As redes sociais possuem uma dinâmica interessante e alucinante. O convívio on line é algo que ensejaria um belo estudo de caso para os mais aficionados. Os interesses difusos de cada elemento numa rede são facilmente constatados por aqueles que frequentemente fazem uso desse minifúndio.
Percebe-se que muitos estão mais interessados no retorno de visibilidade que um seguidor pode proporcionar, do que propriamente o conhecimento que poderá ser adquirido. Falo sim de conhecimento, pois embora haja uma limitação nas inserções, principalmente no twitter, 140 caracteres são suficientes para se adquirir conhecimento, basta querer e ter percepção.
Num país de dimensões continentais a diversidade cultural é um elemento que, por si, já renderia nobres relacionamentos. A título ilustrativo, minha conta no twitter possui cerca de 1 ano e meio, tempo suficiente para que eu pudesse conhecer um bom número de pessoas dos diversos rincões deste país.
Não sei qual é a lógica da maioria, mas a minha exigência para seguir alguém é simplesmente a interação. Sigo todos aqueles que falam comigo e deixo de seguir aqueles que usam o twitter apenas como ferramenta de negócios.
Redes sociais são meios onde é possível integrar pessoas e fazê-las distribuir conteúdo entre si. Conhecer gente com os mesmos gostos que os seus é ótimo e facilita a interação pelos pontos em comum. Além disso, as redes sociais digitais permitem que isso aconteça de forma muito mais ampliada, indo além dos limites das redes sociais locais (igrejas, centros comunitários, cooperativas). Só que tem gente que entra nas redes mas não está em rede com ninguém além de si mesmo. [Ponto Marketing]
Numa rede social, como o próprio nome enseja, se socializa, se interage, se troca informações e principalmente se convive. Muito embora muito não respeitem o limite mínimo da boa convivência, não podemos condenar uma ferramenta por causa dos incautos que não sabem utilizar aquilo que foi colocado à disposição para o bem comum.
Em qual outra ferramenta eu teria oportunidade de trocar informações com pessoas ilustres das mais diversas regiões do Brasil, com a simplicidade de um clique de mouse?
Sou uma entusiasta das redes sociais e de tudo o que elas representam. Seja por diminuir distâncias, por juntar as pontas ou, ainda, por tornar viável a multiplicidade de canais de comunicação, acho inviável hoje a existência de um projeto de comunicação que ignore as redes sociais. Elas são a verdadeira "voz do povo" e a chance para quem comunica de sair de sua redoma, de se expor e conhecer a opinião de quem lê as informações postadas no espaço criado por ele: sem moderação nem intermediários. [Geiza Rocha]
Percebe-se que o convívio on line, pode ser usado além do oportunismo da divulgação fácil. Pode-se conhecer pessoas e acima de tudo, estreitar amizades. É preciso ter discernimento que por trás de um avatar tem uma pessoa, que ri, que chora, que estressa, que procura, mas também oferece sentimento e conhecimento.
Infelizmente, muitos preferem a ostentação de números polpudos, do que a troca de conhecimentos que a rede pode proporcionar. É preciso ter consciência do grande potencial de comunicação de uma rede social e saber tirar o máximo de proveito.
É evidente que certos cuidados são necessários no convívio ON, mas se você não está aberto ao diálogo, o melhor a fazer é não ingressar numa rede social. Afinal: “As Redes Sociais, virtuais ou não, são ambientes de interação e não de participação.” [Augusto de Franco]
Sobre o Autor:Recomendo a leitura:
Redes Sociais: Ambientes de participação ou interação?
![]() | José Márcio - Editor Chefe dos Invicioneiros, leitor voraz e aprendiz de escritor.Tem opinião e assume os riscos Saudosista dos anos 80. E palpiteiro inveterado. Me Siga no Twitter [@jmpsousa]. |
2 comentários :
José Márcio, concordo com você. Até tento convencer alguns "turrões" de que as redes sociais são ótimas oportunidades de troca de conhecimentos, mas percebo nessas pessoas que preferem estar longe disso tudo, muito medo, muita informação errônea generalizada.
27 de novembro de 2010 às 09:48E é como você muito bem finalizou seu post: quem não estiver a fim de troca, diálogo, melhor nem aderir às redes.
Abraços.
#Cida, ainda hoje muita gente reluta em aderir à essas redes. Acho que tudo isso deve ser trauma do orkut, rsrsrs.
30 de novembro de 2010 às 10:39Postar um comentário
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