Segundo o site admit.com.br: Mídias Sociais são espaços de interação entre usuários. São considerados exemplos de mídias sociais: blogs, redes sociais (Orkut, Facebook, Twitter, Google+), fóruns, e-groups, instant messengers, wikis, sites de Compartilhamento de conteúdo multimidia (YouTube, Flickr). Nestes canais, as pessoas podem dialogar e compartilhar informação. O conteúdo de uma Mídia Social tende sempre ao infinito, uma vez que qualquer membro pode contribuir a qualquer momento. Este diálogo entre usuários constitui blocos colaborativos de opinião.
Pois bem, não é de hoje que as tais mídias sociais fazem parte do nosso convívio, a internet constitui-se uma das maiores ferramentas precursoras desses serviços, pois propicia um acesso quase que irrestrito à informação, bem como aos diversos serviços das chamadas mídias sociais.
Não podemos negar que a internet é uma ferramenta valiosíssima, que se bem usado pode trazer benefícios incalculáveis para o usuário, porém, é preciso saber transformar essas informações em conhecimento e crescimento.
Durante um discussão em uma rede social eu disse ao amigos que ficava na dúvida se algumas pessoas de fato não conseguem ler e interpretar um texto ou apenas não leem e mesmo assim opinam equivocadamente. Isso porque é muito comum nos depararmos com opiniões em posts e artigos pela web, totalmente fora do contexto dos artigos.
A título ilustrativo eu postei no Google+ o link de um artigo da web onde o presidente do Google fez o seguinte comentário:
Postei o link do artigo inteiro, mas destaquei especialmente a frase que achei interessante e digna de registro pois acho que representa bem a realidade atual onde muitas pessoas estão viciadas sobretudo em redes sociais e esquecendo da vida pessoal, alguns não conseguem ficar um minuto sequer sem internet, se isso acontece, eles parecem serem acometidos por uma crise de abstinência, e, ainda, têm pessoas que se ficarem 1 dia sem internet entram em colapso.
No referido post acabou aparecendo o seguinte comentário:
Ora, o cara sugeriu que as pessoas dediquem pelo menos uma parte do tempo pra vida pessoal, em nenhum momento ele disse que era pra todo mundo abandonar os computadores e viver definitivamente sem eles, até mesmo porque hoje isso seria quase impossível.
Chega a ser assustador a falta de compreensão de alguns, em quase todos as mídias nos deparamos com comentários totalmente fora do contexto. Ou existem pessoas que de fato gostam de exaltar ignorância ou nosso sistema de ensino não está formando cidadãos com capacidade interpretativa e argumentativa. “Internet é fácil de aprender, é uma tecnologia legal, você a domina em pouco tempo. Mas a questão humana é um desafio que as tecnologias não conseguem dar conta.” [José Manuel Moran]
Penso que um dos maiores desafios da humanidade atualmente é saber como transformar a informação midiática em conhecimento com sabedoria. A questão não é usar a ferramenta, mas como usar essas ferramenta gerando benefícios e aprendizado.
Sabedoria é um conhecimento integrado com a dimensão ética. A tecnologia nos ajuda, mas também nos complica. Tem um lado que nos favorece e um lado que nos controla. Temos também muitas ambigüidades no uso das tecnologias. Então, como sociedade nós avançamos muito sob o ponto de vista tecnológico. Dizia Arnold Toynbee que, tecnologicamente, somos como que deuses, enquanto do ponto de vista humano, ainda somos como primatas. Nunca tivemos tanta informação disponível, tantas tecnologias, mas nunca tivemos também tanta dificuldade de comunicação. Comunicar significa interagir de verdade, todos nós que estamos envolvidos no processo. [ José Manuel Moran]
Por mais que seja comum eu não consigo achar normal. Falo sempre que as pessoas perdem muito tempo na internet com coisas fúteis, tempo esse que poderia ser aproveitado para aprender, conhecer, crescer como pessoa. Mas não, preferem alardear a ignorância e culpar o sistema de ensino inoperante e muitas vezes a falta de oportunidades. Eu aprendi muita coisa na internet, e ainda continuo aprendendo. Sempre fui péssimo em redação, hoje sou capaz de redigir um texto razoavelmente coerente. Acho que qualquer um pode, se quiser, tornar-se uma pessoa melhor, mais esclarecida, usando as ferramentas midiáticas como instrumentos de aprendizagem e não somente de diversão.
Muitos ainda precisam aprender a dosar o tempo entre a vida pessoal e a vida ON line, tomando os devidos cuidados para que não sejamos escravos da tecnologia. O que é preciso ter cautela com os excessos, pois mídias sociais, especificamente as redes sociais, são fascinantes e muita gente acaba viciando e esquecendo que existe vida fora o ambiente da web. Aprender a integrar o real e o virtual sem que um atrapalhe o outro, mas que eles se complementem. Que as mídias sociais sejam ferramentas de transformação, de evolução, de integração, e, principalmente, de oferta e de assimilação de conteúdos.
Sobre o Autor:
![]() | José Márcio - Editor Chefe dos Invicioneiros, leitor voraz e aprendiz de escritor.Tem opinião e assume os riscos Saudosista dos anos 80. E palpiteiro inveterado. Me Circule no Google+. |
8 comentários :
Atualmente venho utilizando os recursos da internet não só como ferramenta para otimizar o meu dia mas principalmente como forma de lazer também. Gosto de dar uma boa vasculhada na rede para poder ver o que poderia me fazer rir, sou adepta de redes sociais e em especial gosto muito da forma de compartilhamento do plus.
24 de maio de 2012 às 11:34Não me atenho a detalhes de que tal postagem seria fútil, inútil ou algo assim, se me fizer rir...tanto faz. Creio que o que deve ser levado a sério é o respeito as opiniões e a qualquer mensagem que a rede possa oferecer. E depois selecionar o que irá ser relevante sim ou não é tão pessoal. O que é sem importância para um pode ser bacana para outro e a mágica de tudo isso está no respeito a opiniões tão diversas.
Adorei sua observação, José Márcio. Passei por isso inúmeras vezes, onde eu colocava frase interessantes ou até mesmo em comentários meus e as outras pessoas entendiam errado. Cheguei a fazer inimigos por causa de más interepretações.
24 de maio de 2012 às 14:03Isso é sinal da falta de boa educação (não me refiro a instrução curricular das escolas, mas a formação da personalidade) dos jovens desde os anos 90 pra cá, onde uma vertiginosa queda cultural está cada vez mais visivel, principalmente no desgosto pela leitura. A sociedade brasileira desaprendeu a ler, naquilo que o saudoso Paulo Freire chamava de analfabetismo funcional (sabe escrever e ler, mas não sabe interpretar o que lê).
Como foi mostrado em um dos comentários que você postou, boa parte das redes sociais é formada por uma maioria de gente burra que pensa que é inteligente e acha que os inteligentes de fato é que são burros, numa inversão de valores sem sentido.
José, mais uma vez, parabéns pela sua brilhante observação. As redes sociais infelizmente ainda vão nos ensinar ainda muita coisa.
Eu não acredito que você já foi ruim em redação... Você escreve textos tão bons, tão bem argumentados! Eu sempre gostei de redação, mas eu vejo muita gente que já concluiu o Ensino Médio e não sabe as regras básicas de português! E nas redes sociais isso fica ainda mais em evidência. É uma pena, porque na Internet há tantas coisas boas para ler e aprender! No seu Blog, por exemplo, há diversas dicas que muitos poderiam aproveitar, mas estão ocupados lendo besteiras.
25 de maio de 2012 às 00:14Muito bom o seu relato, José Márcio!
25 de maio de 2012 às 00:57Algumas vezes me parece que muitos têm prazer em afirmar que são viciados em internet, da mesma forma que muitos também contam vantagem por acabarem dormindo, cheios de vômito, em um canto qualquer, após uma bebedeira!
É como se a falta de liberdade fosse algo bom! O segredo é buscar o equilíbrio, mas parece que não é esta a bandeira que nossa Sociedade está interessada em sustentar.
Tirar os olhos da tela e olhar para quem você ama... Bonito e verdadeiro... A vida real é muito melhor. Ainda bem que preservo isso acima de tudo, sem demagogia. A alienação é aceitável, esporadicamente, mas os problemas reais somente se resolvem no mundo real. O mundo virtual é apenas mais um canal para o mundo real. Não deve se tornar o único e exclusivo espaço de interação de ninguém.
25 de maio de 2012 às 07:25#Gisele Camilo, na verdade a pessoa precisa saber dosar, pra que a vida virtual não atrapelhe a real.
25 de maio de 2012 às 10:29#Marcelo Pereira, obrigado pelo comentário! Infelizmente é mais comum nos depararmos com gente assim, sem entendendimento, do que com pessoas mais esclarecidas, como você.
#Anônimo, obrigado pelas palavras! É verdade, pergunte ao meu professor de português que comentou ai também, o The EDN. Posso não ter sido um dos piores, mas também fiquei longe dos melhores na minha época de 2º grau.
#Luciano, graças ao nosso bate papo no Google+ que redigi esse post, obrigado pela contribuição e inspiração.
#The EDN, acho que uma das maiores dificuldades atuais é achar o meio termo entre a vida virtual e a pessoal. Vejo pessoas muito fissuradas na web, enquanto a vida pessoal vai de mal a pior.
Olá Márcio.
27 de julho de 2012 às 15:51O título deste post chamou-me a atenção através do Google +, e eu sabia que iria encontrar aqui um texto interessante. Nestas férias escolares eu pude me dar ao luxo de gastar um bom tempo dos dias olhando coisas na internet, através do Facebook, blogs e sites de que gosto. No entanto, chega uma hora em que parece que estou mesmo ficando viciado nesse negócio. É difícil percebermos a partir da onde estamos exagerando. Me permita até contar aqui uma historinha:
Outro dia eu estava em casa, em uma tarde de inverno, no meu computador, e minha filha, de 12 anos, na sala com seu Notebook. De repente me deu um estalo. Desliguei o meu PC, fui até a sala e sugeri a ela que assistíssemos um filme qualquer na TV. Pareceu-me que ela também já estava enjoada de ficar na internet, pois aceitou prontamente a ideia. Procuramos, procuramos, e acabamos chegando no filme "De Volta para o Futuro", que eu já havia assistido, em que o cientista Emet Braum (não sei se é assim que escreve) espera um raio que cairia em uma torre. O amigo dele, um rapaz (não lembro o nome) faz de tudo para que a mãe dele beije o pai em um baile. Fritamos uma pipoca, nos abraçamos juntinhos no sofá, debaixo de um edredom, e minha filha, que ainda não tinha assistido o filme, achou muito legal e engraçado. Rimos muito, e eu adorei.
Resumindo: Imagina se nós dois tivéssemos passado a tarde um distante do outro na internet?
Estou dando este exemplo, porque acho que é mais ou menos isso que o presidente da Google estava querendo dizer. Acho que as pessoas estão se esquecendo de procurar outras alternativas de lazer, e acabam se isolando cada uma no seu mundo.
Quanto às más interpretações dos dois que comentaram seu post no Google +, nem vou expressar o que acho. Penso que tenham sido feitas por crianças ou jovens que não sabiam o que estavam dizendo. Agora, se forem adultos, que judiação...
Abraço, e parabéns pelo post.
#Jairo Grossi, você estava sumido, senti falta das suas sempre sensatas opiniões, obrigado!
30 de julho de 2012 às 10:52Postar um comentário
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