Recentemente estava conversando com os amigos no Google Plus (link) sobre o fato de que algumas pessoas estão se esquecendo que existe vida fora dos gadgets. A modernidade não veio pra isolar as pessoas, mas sim pra facilitar o contato. Lamentavelmente tem gente mais preocupada com o que está acontecendo no seu universo virtual do que na sua vida real. Nada substitui o toque, o calor humano, a atenção, o carinho, o amor.
Gadget (em inglês: geringonça, dispositivo) é um equipamento que tem um propósito e uma função específica, prática e útil no cotidiano. São comumente chamados de gadgets dispositivos eletrônicos portáteis como PDAs, celulares, smartphones, leitores de mp3, entre outros. [Wikipédia]
Talvez você não perceba, mas mensagens prontas que você envia do seu moderníssimo smartphone ou tablet, ou seus contatos virtuais, estão de deixando cada vez mais individualista e isolado. A pessoa parece que nunca está de fato onde se encontra, é muito comum presenciarmos pessoas em cinemas, shoppings, salas de aulas, palestras, etc, mais preocupadas com seu smartphone/tablet/notebook do que com o que acontece a sua volta.
É inegável os benefícios das tecnologias, a informação hoje possui uma publicidade quase instantânea, através da internet e das redes sociais, que são igualmente capazes de fabricar heróis e vilões com a mesma intensidade e velocidade. O que precisamos é ter mais comedimento com o uso destas tecnologias, pois em algumas ocasiões além de ser inconveniente, não deixa de de refletir a falta de educação.
Não estou querendo aqui promover uma cruzada contra os gadgets, até mesmo porque penso ser um caminho sem volta. Minha intenção é apenas alertar para os excessos que tenho observado no uso destas tecnologias, com pessoas cada mais enclausuradas no mundo virtual.
“Conexões são rochas em meio a areias movediças. Com elas você pode contar – e, já que confia na sua solidariedade, pode parar de se preocupar com o aspecto lamacento e traiçoeiramente escorregadio do terreno onde está pisando quando uma chamada ou mensagem é enviada ou recebida.(…)Dentro da rede, você pode sempre correr em busca de abrigo quando a multidão à sua volta ficar delirante demais para o seu gosto.” (Já perceberam, muitas vezes, quando as pessoas não estão muito confortáveis em um ambiente novo, elas se voltarem para o celular de uma maneira totalmente submersa? Então!) [Positive-se!]
Alguns não conseguem conter o ímpeto de saber o que está acontecendo no seu perfil das redes sociais, por isso a necessidade de ter seu gadget sempre a tiracolo para consultas constantes, enquanto isso o mundo real vai ficando cada vez mais em segundo plano. Não percebemos que as pessoas reais estão sedentas de carinho e de amor, pois estamos concentrados demais nos nossos gadgtes.
Mesmo com todos os benefícios, não podemos negar que os famosos e desejados gadgets, apesar de todas as vantagens, acabaram por fabricar também seres cada vez mais anti-sociais, seres esses que se preocupam mais com o seu amigo virtual do que com o amigo real, afinal na internet nós somos aquilo que queremos ser, dependendo, é claro, do nosso grau de caradurismo.
Se não tomarmos os devidos cuidados daqui a pouco veremos cada vez mais pessoas se trancando na sua redoma virtual, onde imaginam tornar-se seres perfeitos, sem os problemas naturais de convívio de nosso cotidiano.
Se você se sente refém dessas modernidades tecnológicas, tá na hora de repensar suas atitudes. A tecnologia é uma maravilha, mas é preciso moderação e consciência para lidar com isso, sob o risco dela acabar nos transformando em verdadeiras múmias virtuais.
Ainda sobre o tema:
- A Internet que encanta é a mesma que escraviza
![]() | José Márcio - Editor Chefe dos Invicioneiros, leitor voraz e aprendiz de escritor.Tem opinião e assume os riscos Saudosista dos anos 80. E palpiteiro inveterado. Me Circule no Google+. |
3 comentários :
Entendo a crítica, mas como sou exemplo disso, não tem nada melhor do que estar longe das pessoas. Prefiro estar só do que ter que lidar com as sensações humanas que me incomodam um pouco.
18 de agosto de 2012 às 08:10Percebo isso também. Muitas pessoas aparentam estar mais interessadas no que está acontecendo nas redes sociais do que na vida real. Hilariante são uns políticos de marketing de 5ª categoria, que acreditam piamente que o Facebook é o termômetro para se mensurar as chances numa eleição...
20 de agosto de 2012 às 11:05Mas percebo também um certo modismo e a sensação de que muitos cairão na real (perdoe o trocadilho) e verão que existe vida além dos gadgets...
#Aparecido Rosário, cê tá muito radical, dê uma chance ao coração, Michael Sullivan agradece.
20 de agosto de 2012 às 13:50#Harley Coqueiro, vão cair do cavalo com seus gadgets e tudo, quem viver verá!
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