Segundo a Wikipédia bom senso é um conceito usado na argumentação que é estritamente ligado às noções de Sabedoria e de Razoabilidade, e que define a capacidade média que uma pessoa possui, ou deveria possuir, de adequar regras e costumes à determinadas realidades, e assim poder fazer bons julgamentos e escolhas. Pode, assim, ser definido como a forma de "filosofar" espontânea do homem comum, também chamada de "filosofia de vida", que supõe certa capacidade de organização e independência de quem analisa a experiência de vida cotidiana. [grifei]
A instigante ponderação acima resolveu não sair da minha cabeça nos últimos dias, tudo por causa da menção que fiz no post de abertura dos Invicioneiros.
É fato que algumas pessoas que frequentam a blogosfera e também as redes sociais, não possuem muito discernimento sobre o bom senso, falam pelos cotovelos e sobre assuntos que não possuem real conhecimento e acabam caindo no ridículo.
Sobre o questionamento acima é importante seguir algumas regrinhas básicas, ou alguns sábios conselhos “4 coisas que jamais voltam: a pedra lançada, a palavra dita, a ocasião perdida, o tempo passado.”
Como eu disse recentemente em um comentário no blog da Maya Félix: Acho que a globalização facilitou o acesso a informática e como consequência às redes sociais. Isso propiciou a adesão de pessoas do bem, que conseguem nos transmitir conteúdos bem relevantes. Mas na contramão da história, vemos que pessoas sem o mínimo preparo também se acham no direito de opinar sobre os mais diversos assuntos, sem ao menos se darem ao trabalho de conhecer aquilo que falam. É o alto preço que pagamos pela liberdade de expressão, que infelizmente muitos não estão preparados para usufruir.
Muitos andam confundindo a liberdade de expressão com esculhambação, é preciso manter o mínimo de compostura, já que por mais irrelevante que seja a opinião, ela poderá ser lida por alguém que se sentirá ofendido com as palavras incultas ou recheadas de malevolências.
Seguindo as regras da boa redação um texto para ser relevante e compreensível, necessita ter coerência e coesão, tal regra é também primordial para você que é blogueiro, caso não possua muito conhecimento sobre essa prática, recomendo a leitura deste post.
Portanto meu caro, pense bem no que vai dizer, às vezes uma palavra mal colocada pode lhe trazer transtornos que dificilmente serão remediados, por isso é sempre bom lembrar: “O exercício do silêncio é tão importante quanto a prática da palavra.” [William James]
Sobre o Autor:
![]() | José Márcio - Editor Chefe dos Invicioneiros, leitor voraz e aprendiz de escritor.Tem opinião e assume os riscos Saudosista dos anos 80. E palpiteiro inveterado. Me Siga no Twitter [@jmpsousa]. |
9 comentários :
É o que mais desejo para a Blogosfera, principalmente: bom-senso.
21 de dezembro de 2009 às 14:48Vemos muita gente empenhada em escrever besteiras e achar que a internet é "terra de ninguém". A maioria não tem o menor preparo para os tratos sociais mínimos de respeito e sensatez; nào dispõem do menor estudo, nem sabem usar o bom português; são incapazes de criar conteúdo e só proliferam a desordem.
Acho que o mal vem da educação falha em nosso país e da falta de interesse que a maioria tem em estudar, ler e aprofundar o conhecimento. Acredito que nem toda "inclusão digital" seja de fato boa.
Queria mesmo é que fosse exigida "habilitação" para navegar na Web, como exigimos dos motoristas.
De fato, caro amigo, bom senso falta 'aos montes' na blogosfera, twittosfera e por que não, na internetosfera?
21 de dezembro de 2009 às 15:52Vejamos, um comentário simples sobre religião, falando sobre um absurdo ou outro, pois nada está livre de absurdos, pode ser alvo de ataques raivosos de pessoas que 'normalmente' pregariam amor.
Outro ponto importante, podemos falar sim sobre coisas que não se tem conhecimento, do meu ponto de vista, claro, mas aí que entra o que você disse, bom senso, é preciso tê-lo pois o autor do texto sabe mais do que você, pode 'inverter a situação' e te deixar numa saia justa, por isso é importante comentar de forma adequada, uma dúvida, uma opinião humilde ou até mesmo um agradecimento.
Mas é aí que está o problema, como disse o Marcos Lemos, não há interesse em estudo, leitura, educação e etc. As pessoas não tem se interessado por isso.
Preferem escrever os miguxês da vida e achar que estão por cima em todas as situações, não passando apenas de um belo babaca que acha que entende de tudo e pode opinar em qualquer assunto.
Por isso, amiguinhos, leiam, pesquisem, demorem dias para comentar, mas comentem de forma eficaz, e claro, usem o bom senso, não mata e não gasta dinheiro.
Marcos Lemos, preliminarmente gostaria de dizer que é uma honra para nós ter uma presença tão ilustre por aqui. Você abrilhantou muito o texto com suas sábias palavras, tocou num assunto primordial sobre o uso do português e a educação. Obrigado pela visita e volte sempre!
21 de dezembro de 2009 às 16:05Caio Lausi, você foi coerente em tudo que disse, eu por exemplo, leio vários artigos e notícias antes de me atrever a falar sobre algo. É claro que opinião é uma coisa pessoal, mas o bom senso é fundamental em todas as situações.
Jose Márcio!
21 de dezembro de 2009 às 20:54eu já estava com saudades de ler seus posts :)
Bom senso, realmente, é tudo de melhor que há em qualquer situação de nossas vidas, não é mesmo? Concordo também com o Lausi, quando ele diz que podemos opinar sobre assunto que não conhecemos, mas necessitamos ser cautelosos para não extrapolar ou impor conceitos.
Fico pensando aqui com os botões que não tenho...rsss...que, preciso rever minha postura, pois meu bom humor, ou espontaneidade ao falar digitando pode causar má interpretação. É um caso a se pensar, não é?
Parabéns pelo post, gostei muito.
Abraço,
Kinha
Oi anjo meu...
22 de dezembro de 2009 às 02:53Concordo com tudo o que vc disse, e com o que disse os demais. Principalmente com o Lausi, quando referiu-se a internetosfera. Porque, eu, há muitos anos na estrada virtual vejo isso em muitos cantos, não só em blogs (e olha que sou blogueira há 10 anos) como em chats, comunicadores instântaneos, etc. E isso não fica só na internet. A "falsa liberdade" que a globalização nos deu com isso de que as "barreiras foram quebradas" também mostrou o quão burro é o povo mundial (não só o brasileiro).
Nos deu tudo isso o direito de nos expressar, mas liberdade demais é sempre confudinda com libertinagem. E o muitos fazem por conta da lberdade expressiva ganha com o avanço tecnológico hoje, dentro e fora da net, é achar que porque "tem liberdade" de falar o que pensa que na verdade pode "falar TUDO o que pensa". E nem tudo que pensamos deve ser dito. Segredos existem para serem escondidos. Se você não gosta de algo ou alguém, melhor ficar calado.
Aprendi muitos anos atrás uma coisa com um amigo: "Na maioria das vezes o silêncio vale muito mais que as palavras"...
Kinha, nós também estávamos com saudades de você e principalmente dos seus comentários inteligentes. Com relação a sua colocação já diz o ditado que "prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém", portanto é importante se certificar que suas palavras não irão gerar interpretações ambíguas e acabar em desconforto.
22 de dezembro de 2009 às 08:23Ana Magal, confunsão entre liberdade com libertinagem é o que a gente mais vê por aí, ainda mais agora que todos pensam que são jornalistas e podem opinar sobre tudo, não é vero? Obrigado pela presença!
Meu amigo, meu avô sempre dizia que não devemos confundir liberdade com libertinagem. Isso que a Ana disse acima é uma grande verdade. Não li os outros comentários, mas por vivenciar situações como as descritas por você no post é que mudei radicalmente minha postura na internet. É preciso, no entanto, dividir em duas as situações: comunicação em tempo real e comunicação refletida (vai com esse nome mesmo)
22 de dezembro de 2009 às 08:36COMUNICAÇÃO EM TEMPO REAL: Assim como numa conversa de botequim, "não temos" muita noção do poder de nossas palavras. O que quero dizer é que no momento em que conversamos pelo Twitter, MSN, GTalk, a possibilidade de nossas palavras causarem transtornos é muito grande. Seja pela angústia de falar logo para ter uma resposta logo, podemos "meter os pés pelas mãos". Minha mudança começou por uma situação assim.
COMUNICAÇÃO REFLETIDA: escrever em post ou comentários possibilita uma reflexão sobre o que se vai escrever. Não que na situação descrita anteriormente isso não ocorra, mas já falei a diferença. Quando fazemos um post, por mais que façamos às pressas, sempre podemos ler, reler, pensar e "não enviar" o que pensávamos.
Meu caro, continuemos escrevendo apesar dos trolls (até fogo amigo, às vezes), pois mais vale mantermos um grupo no qual o respeito e o bom senso, abordado por você no post, existam do que nos calarmos e privarmos alguns poucos e bons amigos de nossas palavras.
P.s.: P$t@ povo melindrado esse. Sem contar na incoerência. Num dia reclamam de um determinado tipo de postura. No outro fazem igual ou pior! Fico puto com isso.
Gostei muito da teoria do Professor Bauru. Tenho pensado bastante na minha postura quanto ao Twitter. Há momentos em que me pego em total irrelevância e descontrole.
22 de dezembro de 2009 às 09:57Cheguei a conclusão que essa fase é maior quando estou estressado com algo e acabo desabafando no Twitter, o que está errado.
Com relação ao "povo", tento não generalizar, ditando que o povo é burro, pois somos parte desse povo e mesmo que estudemos, pesquisamos, discutimos, teremos nosso momento de irracionalidade.
Como o professor bem falou, estou tentando, aos poucos, mudar minha postura no Twitter e na internet. É um teste, vamos ver no que vai dá. A verdade é que temos sempre que nos policiar, seja na internet, no trabalho, em casa. Temos atitudes para tudo que é ambiente e por vezes nos relaxamos e passamos do limite.
Bauru, não é de hoje que você é um dos meus preferidos da blogoesfera, seu comentário complementou tudo aquilo que eu quis dizer. Palavras sempre sensatas de alguém que fala com conhecimento. Valeu Amigo!
22 de dezembro de 2009 às 13:48Richard, concordo contigo, realmente temos sempre que nos policiar, querendo ou não, nossas ações (posts, artigos, tuits) tornam-se públicos e isso aumenta nossa responsabilidade.
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