Sobre blogs e redes sociais sou leigo

 

 

Hoje pensava com meus óculos (não tenho botões no pijama), nas meditações matinais de um “workaholic” em férias incipientes: na verdade, sei muitíssimo pouco (que superlativo paradoxal!) sobre blogs e redes sociais.

 

 

Quando convidado pelos amigos invicioneiros a publicar posts neste espaço virtual, aceitei com entusiasmo a oportunidade de expressar-me. Para um capiau como eu,  foi sem dúvida algo maravilhoso. Perdi-me um pouco no início, tentando encontrar um modelo que pudesse guiar minhas palavras.

 

 

Depois, percebi que, como sempre, nunca guiei minhas palavras. Inclusive agora, na absurda relação de sempre e nunca. Guiavam-me essas tiranas no espaço dos cadernos de capas verdes e azuis do passado, decoradas por um Coqueiro inspirado. Lideram-me ainda agora, sem que eu saiba como terminar esse post.

 

 

Mas,  como sou leigo em blogs e redes sociais, faço-me aqui um novato e meus textos demonstram muitas vezes a subjetividade exacerbada, o lirismo inadequado ou a opinião ingênua e inconsistente sobre o tema. Sigo, entretanto, buscando o caminho certo. Acredito nessas palavras que registro. Contudo, não creio em todas as palavras que ouço e leio…

 

 

Sou fiel seguidor da vida. Quero terminar esse post com essa frase… Por isso acredito nos amigos vários que me cercam. Um Coqueiro, em abril de 1991, então aluno, registrou em um caderno antigo do professor de Língua Portuguesa um texto que ora reproduzo, sem licença autoral, sem permissão para fazê-lo. Espero não ser processado…

 

 

“Diálogos pomposos sobre a vida de Franz Kafka”

 

 

— Tive um diálogo pomposo com  Sir Paulo Francis,

Enquanto bebericávamos Jack Daniel’s em alguma taberna perdida no centro de Londres

Passava da midnight e sua sagacidade já me embriagava…

Hilário como em minha civilização natal não encontrei nenhum

indivíduo com sensibilidade o bastante

para discutir detalhes precisos da vida

de Rimbaud com tamanha sapiência.

 

 

Information and Culture não estão ao alcance do proletariado.

Enquanto a cigarra estende sua tour pela Califórnia

A formiga trabalha duro para recebê-la confortável

Em sua volta para Caetanópolis

 

 

As notícias que leio são tão frias como essa comida,

Oh, bom Deus! Isto terá de mudar algum dia!

 

 

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Dedica-me o poema, chamando de absorvente de uísque. Talvez o fosse, naquele tempo. Hoje, vinte e um anos passaram sem que beba dessa fonte. Prefiro as louras geladas e branquinhas suaves, embora minha linda esposa morena costume se enfurecer ao ouvir-me dizer isso. Tomara que ela não leia esse post…

 

 

Brincadeiras à parte, esse post relata minha ignorância em relação a blogs e redes sociais, mas revela também algo muito importante: através de blogs e redes sociais, resgatamos amizades de longos anos, ainda que estivessem adormecidas. Fazemos também grandes amizades, ainda que virtuais. Nosso editor-chefe Zé que o diga. Ele, que também ex-aluno, elevou-me ao patamar honroso de amigo, o que não tenho como agradecer.

 

 

Quero terminar esse post meio desconexo, com essa frase: sou fiel seguidor da vida.

 

 

Imagens reunidas e texto acrescentado por THE EDN

 

Sobre o Autor:

The EDN - sou industriário, trabalho há 27 anos na Cedro (indústria têxtil centenária de Caetanópolis, MG) e atuo como professor há 24 anos em escolas particulares e públicas.