A Sétima Arte sempre fascinou gerações. Como é gostoso se acomodar na poltrona de uma sala escura, com pipoca e refrigerante nas mãos, e aguardar ansiosamente, com a galerinha, a exibição de um filme na tela grande!
Ainda que com a comodidade dos “Home Videos” (com o VHS na década de 80 e com o DVD na de 90) e dos “Home Theatre” (com as suas gigantescas TVs de LCD, Led e O-Led), nada superou a sensação de se assistir aos filmes nas salas de cinema, mesmo que fiquemos “de castigo” por umas 2 horas naquela “solitária coletiva”... [Lamenta-se profundamente que o Cine Paraopeba do “Sô” Wander Marotta, se foi com o seu dono e deixou tantas saudades! Um patrimônio da cultura paraopebense, que deveria de ter sido tombado pelo poder público municipal.]
Uma coisa que sempre me chamou a atenção são as vinhetas de abertura das produtoras cinematográficas. São um show a parte!
Depois de esperarmos por chatos “trailers” de filmes (que provavelmente nunca assistiremos), ao aparecer a vinheta da produtora é quando sabemos que o “show” irá começar de verdade!
Após uma breve pesquisa, escalei um time de vinhetas dos grandes estúdios de Hollywood. Embora a maioria sofreu inovações, eu selecionei as versões que eu mais gostei.
Metro Goldwyn Mayer (MGM)
Desde menino, esta vinheta me fascina com o efeito do leão rugindo. Os seus quase 10 segundos é de uma imponência e beleza plástica impressionantes. Esta vinheta passou por vários leões desde 1921, e que a partir de 1924, passaram a ser nominados:
- Goldwyn Pictures Lion #1, 1921
- Goldwyn Pictures Lion #2, 1924
- MGM - Slats the Lion, 1924
- MGM - Jackie the Lion, 1929
- MGM - Telly the Lion, 1928
- MGM - Coffee the Lion, 1932
- MGM - Tanner the Lion, 1934
- MGM - George the Lion / Brief Mane, 1956-1957
- MGM - Leo the Lion, 2008
Como se trata de um estúdio pertencente a cidadãos americanos de origem judaica, o animal é uma referência ao “Leão da Tribo de Judá”, descrito na Bíblia Sagrada.
O leão “superstar” da vinheta a seguir, chamava-se Tanner:
20th Century Fox
A música desta vinheta é um clássico do cinema. Embora de concepção visual mais simples que a de outros estúdios, é simplesmente arrepiante (ainda que lembre um mausoléu):
Universal Pictures
Também de concepção simples, a combinação de imagem e som é clássica e assombrosa:
Paramount Pictures
Esta vinheta apresentou uma versão inovadora: imagem sem som. E o resultado também ficou fantástico:
Warner Bros. Pictures
Vinheta lendária que ficou mais associada aos desenhos do Pernalonga, por causa de sua logomarca WB. Nesta versão, a música é de sua megaprodução “Casablanca”, o que deixa tudo ainda mais nostálgico:
Columbia Pictures
Não há vinheta mais americanizada que esta, com a mulher no olimpo segurando a tocha, como se fosse a Estátua da Liberdade. Diz a lenda que era uma forma para driblar o Macartismo que aterrorizou os artistas de cinema nas décadas de 40 e 50. Simples visualmente, mas com uma música perfeita, também é outro clássico das vinhetas de abertura:
TriStar Pictures
Combinando os estilos da MGM e da Paramount, esta vinheta também utiliza um animal (um corcel branco que se transforma num pégasus) e não possui áudio. Esta bem elaborada vinheta dos anos 80 é a que apresentou o resultado mais onírico e mágico de todas da TriStar:
Columbia TriStar Pictures
Com a fusão dos estúdios Columbia e TriStar, foi concebida a nova vinheta. Na minha opinião, houve mais efeito digital que criatividade. Mas ainda assim pode ser considerada clássica:
Dreamworks Animation
Nesta vinheta, os balões do menino são a metáfora de “nossa imaginação de menino”, que vai subindo, subindo, subindo, até tocar o infinito, o desconhecido:
Pixar Animation Studios
Divertida vinheta que homenageia os antigos desenhistas de animação da Disney. É protagonizada por uma lâmpada, que no primórdio dos tempos da animação, iluminava as pranchetas dos desenhistas, antes da era digital.
Castle Rock Entertainment
Esta vinheta não é tão famosa como as anteriores, mas sou fã dela. A beleza do farol girando enquanto um novo dia amanhece esperançoso sobre o azul do mar que se revela com a luz, é poética como uma canção de Dorival Caymmi ou um conto de Gabriel García Marquez:
Sobre o Autor:
| Harley Coqueiro - um cara da paz, iluminista, evangélico não fundamentalista, pai do Ulisses e do Dante. Já desenhou charges, escreveu poemas e compôs canções gospel. Tem como pecados, gostar em excesso de rock'n'roll, filmes e comida! |
3 comentários :
Sensacional! As vinhetas representam muito bem o que o cinema é como arte: entretenimento. Não consigo imaginar um filme começando diretamente, sem a introdução feita através dessas vinhetas.
18 de abril de 2011 às 09:24Tudo oque envolve cinema tem sua magia ate mesemo, inclusive e principalmente suas vinhetas. Lembbro com bastante carinho das vinhetas da Fox e MGM que precidiam meus filmes preferidos de guerra ou faroste nas madrugadas de ccorujão...era a hora do: - silêncio, silêncio o filme via começar casseta!
18 de abril de 2011 às 17:58O logotipo da pixar é por causa do primeiro curta pra valer deles, foi a primeira vez que eles "bricaram" dando vida e conscebendo personalidade a objetos inanimados do cotidiano, que chega ao apice em Wall-e e aquele robo que transmite emoções com o arquejar de psedo-sombracelhas.
A nova vinheta da Disney, tem um castelo que é coberto com um arco-iris. Bom depedendo do desenho essa vinheta muda, por exemplo em Lilo e Stich, o castelo é abduzido. Piada sensacional que a dreamworks tem imitado, e a cada desenho mudado a apresentação da vinheta numa quase homenagemcopia de os Simpson
The EDN,
19 de abril de 2011 às 08:56Realmente, as vinhetas também fazem parte do show cinematográfico.
Zé da Fiel,
Cinéfilo das antigas, você também observou o valor artístico e a sutileza das vinhetas.
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