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Santos Reis

Sobre a polêmica do livro “Por uma vida melhor”

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Incentivado por meu editor-chefe Zé, resolvi publicar um post sobre a polêmica do livro “Por uma vida melhor”, de Heloísa Ramos. Trata-se de uma publicação que será distribuída pelo MEC em escolas de todo o Brasil, juntamente com outros livros, dentro do Programa Nacional do Livro Didático. O problema surgiu porque este livro coloca que “erros de português” deveriam ser considerados “normais” e daí surgiram defensores de um e de outro lado da questão.

 

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A coisa tomou proporções interessantes, chegando realmente a polarizar inclusive atores importantes da imprensa nacional, da política e, como não poderia deixar de ser, do meio acadêmico. Grandes nomes debateram a questão e eu não poderei explorá-la muito sem correr o risco da mera redundância.

 

 

Entretanto, para não ficar em cima do muro, que não é feitio meu, coloco minha posição. Sou professor de Língua Portuguesa há 25 anos e, confesso, durante uns 8 anos fui um inexorável defensor da Gramática Normativa. Meu olhar, no entanto, foi ampliado quando eu fiz a Pós-Graduação e tive a grata oportunidade de conhecer a Mestra Celeste Varella. A honorável professora permitiu-me conhecer outros aspectos da língua padrão, inclusive sua arbitrariedade. Pude conhecer também suas falhas, na tentativa de explicar o espetacular fenômeno da linguagem, da qual a língua é uma parte.

 

 

Pude também entender a importância de aprofundar estudos em relação à Língua Portuguesa, tão bela e tão pouco estudada, diante das grandes línguas da humanidade. É preciso produzir mais material científico em relação à “última flor do Lácio”, inculta e bela até hoje.

 

 

No entanto, não há como negar a importância da Gramática Normativa e do papel que ela exerce em relação à padronização da Língua Portuguesa. Uma língua com tantas diversidade cultural, falada em regiões tão variadas quanto suas culturas, faz com que, se não houvesse uma gramática normativa, talvez ela se convertesse em uma série de dialetos.

 

 

Transcrevo abaixo alguns textos que coletei dessa polêmica, mas deixo para o leitor o acesso através do célebre Google a outras possibilidades de leitura. Respeito a opinião de todos, mas a minha é aquela de que o livro poderia ser distribuído, mas não como uma apologia à rebeldia contra a Gramática Normativa, mas como uma apresentação de uma modalidade linguística diversa daquela contemplada pela “norma culta”. Não há como enganarmos a sociedade tentando criar um modismo de libertinagem linguística, pois a sociedade, por si, é discriminatória e irá valorizar aquele que pratica a língua dentro dos preceitos da Gramática Normativa.

 

 

É papel do professor de Língua Portuguesa mostrar essas variáveis e permitir ao aluno-cidadão escolher qual modalidade usar, de acordo com as circunstâncias de sua vida exigir.

 

 

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Livros pra inguinorantes

Jornal do Brasil - Carlos Eduardo Novaes

 

Confeço qui to morrendo de enveja da fessora Heloisa Ramos que escrevinhou um livro cheio de erros de Português e vendeu 485 mil ezemplares para o Minestério da Educassão. Eu dou um duro danado para não tropesssar na Gramática e nunca tive nenhum dos meus 42 livros comprados pelo Pograma Naçional do Livro Didáctico. Vai ver que é por isso: escrevo para quem sabe Portugues!

A fessora se ex-plica dizendo que previlegiou a linguagem horal sobre a escrevida. Só qui no meu modexto entender a linguajem horal é para sair pela boca e não para ser botada no papel. A palavra impreça deve obedecer o que manda a Gramática. Ou então a nossa língua vai virar um vale-tudo sem normas nem regras e agente nem precisamos ir a escola para aprender Português.

A fessora dice também que escreveu desse jeito para subestituir a nossão de “certo e errado” pela de “adequado e inadequado”. Vai ver que quis livrar a cara do Lula que agora vive dando palestas e fala muita coisa inadequada. Só que a Gramatica eziste para encinar agente como falar e escrever corretamente no idioma portugues. A Gramática é uma espéce de Constituissão do edioma pátrio e para ela não existe essa coisa de adequado e inadequado. Ou você segue direitinho a Constituição ou você está fora da lei - como se diz? - magna.

Diante do pobrema um acessor do Minestério declarou que “o ministro Fernando Adade não faz análise dos livros didáticos”. E quem pediu a ele pra fazer? Ele é um homem muito ocupado, mas deve ter alguém que fassa por ele e esse alguém com certesa só conhece a linguajem horal. O asceçor afirmou ainda que o Minestério não é dono da Verdade e o ministro seria um tirano se disseçe o que está certo e o que está errado. Que arjumento absurdo! Ele não tem que dizer nada. Tem é que ficar caladinho por causa que quem dis o que está certo é a Gramática. Até segunda ordem a Gramática é que é a dona da verdade e o Minestério que é da Educassão deve ser o primeiro a respeitar.

 

* Carlos Eduardo de Agostini Novaes é advogado, grande cronista, romancista, contista e dramaturgo brasileiro. Seus livros abordam, entre outros, temas ligados à política brasileira, ao cotidiano urbano, à vida conjugal e ao universo adolescente, sempre de forma crítica e bem-humorada.

 

 

***********************************

 

 

Uma defesa do “erro” de português

 

O pessoal pegaram pesado. Da esquerda à direita, passando por vários amigos meus, a imprensa foi unânime em atacar o livro didático “Por uma Vida Melhor”, de Heloísa Ramos. O suposto pecado da obra, que é distribuída pelo Programa do Livro Didático, do Ministério da Educação, é afirmar que construções do tipo “nós pega o peixe” ou “os livro ilustrado mais interessante estão emprestado” não constituem exatamente erros, sendo mais bem descritas como “inadequadas” em determinados “contextos”.

Os mais espevitados já viram aí um plano maligno do governo do PT para pespegar a anarquia linguística e destruir a educação, pondo todas as crianças do Brasil para falar igualzinho ao Lula. Outros, mais comedidos, apontaram a temeridade pedagógica de dizer a um aluno que ignorar a concordância não constitui erro.

Eu mesmo faria coro aos moderados, não fosse o fato de que, do ponto de vista da linguística --e não o da pedagogia ou da gramática normativa--, a posição da professora Heloísa Ramos é corretíssima, ainda que a autora possa ter sido inábil ao expô-la.

Acredito mesmo que, excluídos os ataques politicamente motivados, tudo não passa de um grande mal-entendido. Para tentar compreender melhor o que está por trás dessa confusão, é importante ressaltar a diferença entre a perspectiva da linguística, ciência que tem por objeto a linguagem humana em seus múltiplos aspectos, e a da gramática normativa, que arrola as regras estilísticas abonadas por um determinado grupo de usuários do idioma numa determinada época (as elites brancas de olhos azuis, se é lícito utilizar a imagem consagrada pelo ex-governador de São Paulo Claúdio Lembo). Podemos dizer que a segunda está para a primeira assim como a pesquisa da etiqueta da corte bizantina está para o estudo da História. Daí não decorre, é claro, que devamos deixar de examinar a etiqueta ou ignorar suas prescrições, em especial se frequentarmos a corte do “basileus”, mas é importante ter em mente que a diferença de escopo impõe duas lógicas muito diferentes.

Se, na visão da gramática normativa, deixar de fazer uma flexão plural ou apor uma vírgula entre o sujeito e o predicado constituem crimes inafiançáveis, na perspectiva da linguística nada disso faz muito sentido. Mas prossigamos com um pouco mais de vagar. Se os linguistas não lidam com concordâncias e ortografia o que eles fazem? Seria temerário responder por todo um ramo do saber que ainda por cima se divide em várias escolas rivais. Mas, assumindo o ônus de favorecer uma dessas correntes, eu diria que a linguística está preocupada em apontar os princípios gramaticais comuns a todos os idiomas. Essa ideia não é exatamente nova. Ela existe pelo menos desde Roger Bacon (c. 1214 - 1294), o “pai” do empirismo e “avô” do método científico, mas foi modernamente desenvolvida e popularizada pelo linguista norte-americano Noam Chomsky (1928 – ).

Há de fato boas evidências em favor da tese. A mais forte delas é o fato de que a linguagem é um universal humano. Não há povo sobre a terra que não tenha desenvolvido uma, diferentemente da escrita, que foi “criada” de forma independente não mais do que meia dúzia de vezes em toda a história da humanidade. Também diferentemente da escrita, que precisa ser ensinada, basta colocar uma criança em contato com um idioma para que ela o adquira quase sozinha. Mais até, o fenômeno das línguas crioulas mostra que pessoas expostas a pídgins (jargões comerciais normalmente falados em portos e que misturam vários idiomas) acabam desenvolvendo, no espaço de uma geração, uma gramática completa para essa nova linguagem. Outra prova curiosa é a constatação de que bebês surdos-mudos “balbuciam” com as mãos exatamente como o fazem com a voz as crianças falantes.

O principal argumento lógico usado por Chomsky em favor do inatismo linguístico é o chamado Pots, sigla inglesa para “pobreza do estímulo” (“poverty of the stimulus”). Em grandes linhas, ele reza que as línguas naturais apresentam padrões que não poderiam ser aprendidos apenas por exemplos positivos, isto é, pelas sentenças “corretas” às quais as crianças são expostas. Para adquirir o domínio sobre o idioma elas teriam também de ser apresentadas a contraexemplos, ou seja, a frases sem sentido gramatical, o que raramente ocorre. Como é fato que os pequeninos desenvolvem a fala praticamente sozinhos, Chomsky conclui que já nascem com uma capacidade inata para o aprendizado linguístico. É a tal da Gramática Universal.

O cientista cognitivo Steven Pinker, ele próprio um ferrenho defensor do inatismo, extrai algumas consequências interessantes da teoria. Para começar, ele afirma que o instinto da linguagem é uma capacidade única dos seres humanos. Todas as tentativas de colocar outros animais, em especial os grandes primatas, para “falar” seja através de sinais ou de teclados de computador fracassaram. Os bichos não desenvolveram competência para, a partir de um número limitado de regras, gerar uma quantidade em princípio infinita de sentenças. Para Pinker, a linguagem (definida nos termos acima) é uma resposta única da evolução para o problema específico da comunicação entre caçadores-coletores humanos.

Outro ponto importante e que é o que nos interessa aqui diz respeito ao domínio da gramática. Se ela é inata e todos a possuímos como um item de fábrica, não faz muito sentido classificar como “pobre” a sintaxe alheia. Na verdade, aquilo que nos habituamos a chamar de gramática, isto é, as prescrições estilísticas que aprendemos na escola são o que há de menos essencial, para não dizer aborrecido, no complexo fenômeno da linguagem. Não me parece exagero afirmar que sua função é precipuamente social, isto é, distinguir dentre aqueles que dominam ou não um conjunto de normas mais ou menos arbitrárias que se convencionou chamar de culta. Nada contra o registro formal, do qual, aliás, tiro meu ganha-pão. Mas, sob esse prisma, não faz mesmo tanta diferença dizer “nós vai” ou “nós vamos”. Se a linguagem é a resposta evolucionária à necessidade de comunicação entre humanos, o único critério possível para julgar entre o linguisticamente certo e o errado é a compreensão ou não da mensagem transmitida. Uma frase ambígua seria mais “errada” do que uma ferisse as caprichosas regras de colocação pronominal, por exemplo.

Podemos ir ainda mais longe e, como o linguista Derek Bickerton (1925 - ), postular que existem situações em que é a gramática normativa que está “errada”. Isso ocorre quando as regras estilísticas contrariam as normas inatas que nos são acessíveis através das gramáticas das línguas crioulas. No final acabamos nos acostumando e seguimos os prescricionistas, mas penamos um pouco na hora de aprender. Estruturas em que as crianças “erram” com maior frequência (verbos irregulares, dupla negação etc.) são muito provavelmente pontos em que estilo e conexões neuronais estão em desacordo.

Mais ainda, elidir flexões, substituindo-as por outros marcadores, como artigos, posição na frase etc., é um fenômeno arquiconhecido da evolução linguística. Foi, aliás, através dele que os cidadãos romanos das províncias foram deixando de dizer as declinações do latim clássico, num processo que acabou resultando no português e em todas as demais línguas românicas.

A depender do zelo idiomático de meus colegas da imprensa, ainda estaríamos todos falando o mais castiço protoindo-europeu.

Não sei se algum professor da rede pública aproveita o livro de Heloísa Ramos para levar os alunos a refletir sobre a linguagem, mas me parece uma covardia privá-los dessa possibilidade apenas para preservar nossas arbitrárias categorias de certo e errado.

 

*Hélio Schwartsman, 44 anos, é articulista da Folha. Bacharel em filosofia, publicou “Aquilae Titicans - O Segredo de Avicena - Uma Aventura no Afeganistão” em 2001. Escreve para a Folha.com.

Sobre o Autor:
The EDN

The EDN - sou industriário, trabalho há 27 anos na Cedro (indústria têxtil centenária de Caetanópolis, MG) e atuo como professor há 24 anos em escolas particulares e públicas

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13 comentários :

Ana Flor disse... Responder comentário

Antes de mais nada, preciso dizer que sou muito calma. Pra me deixar irritada, a pessoa precisa se esforçar muito.

Coisa que o senhor Carlos Eduardo Novaes conseguiu por meio de seu texto repleto de preconceitos de vários tipos, sua soberba ao questionar porque seus magníficos 42 livros nunca foram adotados pelo Ministério da Educação e pela tamanha ignorância que mostra a respeito do tema.

Confesso que me pergunto se intelectuais como ele realmente não conseguem ter a percepção do que está sendo tratado ou se compreendem, mas preferem distorcer de modo a reforçar e perpetuar sua própria ideologia.

Eu poderia expor minha opinião sobre o assunto, mas prefiro deixar falar quem tem legitimidade e limitar-me a dizer que concordo com o professor Marcos Bagno (que imagino que todos os educadores com formação sólida deveriam conhecer):

"Da mesma forma, nenhum linguista sério, brasileiro ou estrangeiro, jamais disse ou escreveu que os estudantes usuários de variedades linguísticas mais distantes das normas urbanas de prestígio deveriam permanecer ali, fechados em sua comunidade, em sua cultura e em sua língua. O que esses profissionais vêm tentando fazer as pessoas entenderem é que defender uma coisa não significa automaticamente combater a outra. Defender o respeito à variedade linguística dos estudantes não significa que não cabe à escola introduzi-los ao mundo da cultura letrada e aos discursos que ela aciona. Cabe à escola ensinar aos alunos o que eles não sabem! Parece óbvio, mas é preciso repetir isso a todo momento."

18 de maio de 2011 às 22:10
Harley Coqueiro disse... Responder comentário

Brilhante, The EDN, brilhante!

Eu não tenho a menor pretensão de fazer adendos ao "post", que soube trabalhar os lados antagônicos do debate. Afinal, neste assunto, eu sou analfabeto de pai e mãe...

Entretanto, me posiciono favorável à 2ª corrente, por entender que está havendo um "nhem nhem nhem" arretado em cima de uma questão suscitada pela "fessora" Heloísa Ramos (eu já ia digitar "Heloísa Helena"...KkKkK), como se ela estivesse fazendo uma apologia ao erro de português.

Entendo que a autora em determinada parte do livro levantou uma questão que diz respeito à inovação da língua, adequando-a ao modo menos formal e contemporâneo com que o povo lida com ela. E desta "inovação", ninguém poderá fugir, nem mesmo os puritanos de plantão.

19 de maio de 2011 às 09:00
José Márcio disse... Responder comentário

Concordo com tudo que foi dito pelo mestre The EDN. Confesso que no início da polêmica eu também me posicionei contra a implementação do livro. Penso que o que está ocorrendo com muitos, e ocorreu também comigo, é a desinformação a respeito do assunto. A velha história: "não vi e não gostei". Isto posto, digo que mudei de opinião após ler e reler várias pessoas que comentaram sobre o assunto. A questão que aí está, penso eu, não é um livro que ensina o errado, mas informa que existe uma forma de falar, que não cabe em qualquer situação.

19 de maio de 2011 às 10:06
Caipira Zé Do Mér disse... Responder comentário

Mais uma vez a imprenÇa cria polêmica onde ela não existe... se tivessem pesquisado 3 minutos antes de publicarem as matérias que publicaram saberiam o que, agora, todo mundo sabe... não há polêmica alguma no caso...

19 de maio de 2011 às 11:30
Aparecido José (Crazyseawolf) disse... Responder comentário

Não sou da área de Comunicação e Expressão, mas chamar erros de concordâncias, entre outros, de variedades da língua dói em meu ouvido.
Eu aprendi que variedades linguísticas estavam relacionadas às regiões, como a fala de um gaúcho ou de um nordestino. Mas achar normal erros de português é o fim do mundo.
Daqui a pouco terei que aceitar o meu aluno dizer de 4 elevado ao quadrado é 8. E assim caminha a educação...

19 de maio de 2011 às 15:10
The EDN disse... Responder comentário

Prezados todos, agradeço os comentários enriquecedores. A língua é um fenômeno e precisamos estudá-la como tal. Mas, para isso, é necessário haver um paradigma, uma referência.
A Gramática Normativa TENTA estabelecer esse modelo, de forma arbitrária, é verdade, mas condizente com o que a própria sociedade interpreta como "boas práticas" da língua. Há muitas falhas, o que, entretanto, não diminui o valor que a norma culta possui. Por outro lado, o livro objeto de discussão no post representa uma modalidade linguística usada no cotidiano de grande parte dos falantes da língua, mas que não pode ser generalizada.
Não se pode, por outro lado, tratar com preconceito essa modalidade, pois ela representa TAMBÉM o fenômeno que é a língua. Já disse que, como professor de Língua Portuguesa, ensino a meus alunos a norma culta e sua importância. Mas não podemos deixar de mostrar-lhes os defeitos que essa norma possui e também de valorizar as outras diversas modalidades.
Acredito que os "erros de português" deveriam ser classificados como "erros de uso de modalidades da língua", pois dependendo do momento, da circunstância, do contexto, certas modalidades podem ser mais ou menos ADEQUADAS. A norma culta é um padrão ajustável à grande maioria dos contextos de uso da língua, por ser aceita na sociedade como a mais adequada e valorizada socialmente. Não vou, entretanto, aprofundar mais o assunto, porque isso não é função desse blog (e muito menos desse comentário).
Mais uma vez, obrigado pelas contribuições pertinentes.

20 de maio de 2011 às 08:21
Lady Sybylla disse... Responder comentário

Eu digo aos meus alunos, apesar de não ser professora de Português, que o idioma é um guarda-roupa. Se vc tem roupas para todas as ocasiões, o falar também deve ter. Não acho errado os regionalismos, ao contrário, acho que isso é uma maneira formidável de se expressar as características regionais. Os alunos devem ter contato com os dois, pois a norma culta será exigida o tempo todo.

O problema é a mídia pegar uma única característica do livro, não fazer a devida reflexão e entregar para a sociedade uma coisa que não existe.

Como diz minha mãe sempre: É essa ingonorânça que astravanca o pogresso!

22 de maio de 2011 às 16:44
nelson barcellos disse... Responder comentário

Como a maioria dos assuntos que nos cercam, opiniões são emitidas sem o necessário/recomendado conhecimento de causa. Por isso, elas tornam-se visões distorcidas de um tema, às vezes polêmico como esse.
No entanto, são opiniões, então vamos a minha.

Creio que a linguagem escrita seja o balizador de uma língua, língua essa que apresenta variedades regionais na sua forma falada. Por isso a leitura é tão importante para "conhecermos" a nossa língua. Acredito que o registro escrito incorreto, fora dos padrões formais, pode causar danos, provocar confusão ao leitor em formação.

A linguagem digital (da Web) engloba também este risco. Muitos jovens assumem uma forma de escrever que seguramente vai trazer problemas quando precisarem se expressar por escrito corretamente em outro ambiente.

Entendo a opinião do blog, da professora Heloisa Ramos, mas não concordo com eles.

29 de maio de 2011 às 18:09
Anônimo disse... Responder comentário

Sou professor de Matemática. Não li o livro e ainda não sei se a polêmica é sobre o preconceito lingüístico ou sobre a absorção do “erro lingüístico” pela atual gramática. Aceitar a variedade lingüística é uma coisa, tolerar o erro é outra totalmente diferente. Admito que tropeço no Português, tenho velhas dúvidas, mas quando estava no colégio, minha professora de Português dizia que a língua estava em constante mudança, acredito que ela referia-se à mudança positiva. Acredito que a língua deva ser melhorada com o passar do tempo, penso que ela precisa tornar-se fácil de falar, escrever, mas manter suas características, sua “elegância” pois é isso que nos une como país, nação. Como diz um velho ditado “Andamos para frente e não para trás”. Resumindo, se alguém fala “nóis vai”, “nóis vorta”, “nós lemo o livro”, “eu lemos os livro”... é tolerável mas não aceitável. Se vamos ensinar, então que seja o certo.
OBS: # Por gentileza não utilize o internetês ou miguxês;

30 de maio de 2011 às 11:32
Ádila, Emanuele e Sarah disse... Responder comentário

Pena que as pessoas não possuem informações corretas a cerca do livro "Por uma vida melhor", que é destinado a alunos do EJA. Outro detalhe é que muitos se deixam levar pela mídia, são seres irracionais, não pensam por si só, apenas repetem o que ouve. Eu acho que quando não sabemos de algo com clareza, das duas, uma: OU CALAMOS A BOCA,PARA NÃO PASSAR VERGONHA, OU PROCURAMOS APRENDER TUDO, TODOS OS PONTOS DE VISTA, PARA PODERMOS NOS POSICIONARMOS DE ACORDO COM O QUE SABEMOS.
E pelo o que pude notar os que criticam o livro nunca leram o livro, não possuem o mínimo de noção sobre o que é variação linguística. São meros PAPAGAIOS...só repetem o que ouvem.

27 de junho de 2011 às 19:55
Anônimo disse... Responder comentário

eu tambem concordo acho que nossa lingua deve ser normativa e nao ser falada de qualquer maneira, onde esta a cultura do povo brasileiro. outros paises ja veem nos como um pais pobre, se ainda falarmos tudo errado onde estara nossa sociolinguistica!

19 de setembro de 2011 às 20:56
Anônimo disse... Responder comentário

posso descrever o assunto com uma única pergunta:
A QUE PONTO CHEGOU A NOSSA EDUCAÇÃO BRASILEIRA?...Sem dúvida é uma vergonha pra sociedade...

19 de outubro de 2011 às 21:27
Anônimo disse... Responder comentário

arrogância é o forte de muitos sujeitos que se passam por grandes intelectuais e tomam isso para humilhar o próximo

14 de outubro de 2014 às 14:02

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