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Santos Reis

Simpatia x Competência na Política

terça-feira, 27 de setembro de 2016

demagogia

 

 

Estamos novamente as vésperas de mais um pleito eleitoral. Tenho observado, já há algum tempo, que é muito comum, no Brasil, o eleitor escolher o candidato através da simpatia ou empatia para com o mesmo. Muitos, levam em consideração o fato do político ser ou não simpático. Todos, em algum momento, já se deparam com seguinte afirmativa do eleitor: eu não vou voltar em fulano, ele nunca me cumprimentou. Ou quem sabe com aquela outra frase: eu não vou votar em ciclano, ele nunca me deu nada.

 

Acho que o maior problema do nosso país talvez não seja a classe política corrupta. Já pararam para pensar que talvez o problema seja nós eleitores? Eu explico.

 

Acho que significativa parcela do povo brasileiro gosta da política demagoga. Do candidato que promete e não cumpre. Do vendedor de sonhos. Isso é um hábito arraigado na nossa cultura. Gostamos mais da fantasia do que da realidade. E é, exatamente por isso, que o candidato simpático tem muito mais valor do que o candidato competente.

 

A simpatia atrai, seduz e conquista. Ela acaba sendo supervalorizada em detrimento das outras qualidades de um governante, e, diga-se de passagem, a simpatia talvez seja a menos importante delas.

 

A simpatia atrai, mas não constrói. A simpatia seduz, mas não realiza. A simpatia conquista apenas o sentimento.

 

Não precisamos de políticos simpáticos. Precisamos de políticos competentes. A competência realiza. A competência é que constrói. É a competência que determina se um candidato é ou não favorito. Ou pelo menos deveria ser assim.

 

Não precisamos de tapinhas nas costas, de promessas vazias, de assistencialismo fantasioso. Precisamos de progresso, de boa gestão e de transparência. A simpatia é qualidade que deve ser buscada nos nossos relacionamentos pessoais, não na política. Do que adianta um candidato simpático que não tem competência?

 

Não queremos políticos para nos relacionar intimamente. Precisamos de pessoas capacitadas o suficiente para administrar bem os recursos públicos. Enquanto a simpatia for mais valorizada do que a competência, viveremos a mercê de políticos inescrupulosos que podem pagar para construir um personagem perfeito aos olhos do eleitor. É pra isso que existe o marketing político. Para gerar um personagem perfeito, ainda que seja um incompetente de marca maior.

 

O administrador público, como o próprio nome já diz. Não é alguém que vai realizar o que eu quero, mas sim o que nós desejamos. Ele é eleito para realizar o bem comum, não para fazer favores particulares.

 

Ou aprendemos a enxergar o político como ele deve ser, ou seremos apenas marionetes nas mãos de pessoas inescrupulosas que sabem como ninguém a arte de dissimular. Sempre que estiver na dúvida entre a competência e a simpatia, opte pela competência. O político não tem necessariamente que ser simpático, ele precisa, obrigatoriamente, ser alguém com capacidade para administrar.

 

Por fim, sem competência, as demais qualidades são inócuas para o administrador público.

 

Sobre o Autor:
José Márcio
José Márcio - Editor Chefe dos Invicioneiros, leitor voraz e aprendiz de escritor.Tem opinião e assume os riscos Saudosista dos anos 80. E palpiteiro inveterado. Me Circule no Google+.
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